Segurança 04 Fev
A série de polêmicas que envolvem a Huawei parece longe do fim. Embora cresça a ponto de querer destronar a Samsung como a maior fabricante de smartphones do mundo ainda em 2019, a companhia ainda se vê envolta nas acusações de que seu dispositivos terem portas que permitam espionagem por parte do governo chinês.
Para ratificar essa posição, o CEO da Huawei, Ren Zhengfei, deu uma entrevista à rede norteamericana de TV CBS. Nela, afirmou que jamais compartilhou informações de seu clientes nos últimos 30 anos, e completou ainda que também não o fará nos próximos 30 anos.
Questionado pela reportagem se existe alguma porta em seus aparelhos para dar acesso a informações pelo governo da China, Zhengfei disse que isso não seria possível, pois a empresa sabe bem o que não deve ser feito. E se o fizesse, as tecnologias avançadas presentes nos Estados Unidos já teriam descoberto essa brecha.
A entrevista aconteceu na semana que funcionários do governo chinês buscam um novo acordo comercial com seus pares norte-americanos, em uma tentativa de acalmar os ânimos e evitar uma guerra comercial em grande escala.
Suspeitas de espionagem por parte do governo chinês têm atrapalhados os negócios da Huawei, especialmente no caso de equipamentos para a instalação da tecnologia 5G. A empresa foi banida em diversos mercados, como EUA, Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Noruega. A Alemanha estuda medidas estratégicas antes de uma punição mais severa, enquanto a República Tcheca reconsiderou a participação da companhia chinesa em uma licitação.
Em entrevista recente ao jornal canadense "Globe And Mail", o presidente da companhia Liang Hua tentou ser bem direto quando questionado sobre o assunto, negando que a empresa esteja sendo usada pelo governo chinês para espionar outros países. Liang também disse que usar a tecnologia para prejudicar qualquer país com base em ideologia "não seria nada benéfico" para a humanidade. Por isso, a Huawei vem tentando mostrar que é uma empresa séria e que não possui vínculos com o governo de Pequim.
Comentários