A Fintech brasileira Nubank anunciou ontem (06) a aquisição da empresa de tecnologia Plataformatec, onde o principal objetivo de tal investimento é realizar o aproveitamento dos desenvolvedores para aperfeiçoar ainda mais a equipe que já está trabalhando no banco digital.

Mesmo sem ter revelado oficialmente o valor aplicado para tal compra, a Nubank deixou claro que o principal foco é fazer uso da força de trabalho que já está em atuação na empresa de tecnologia com um pouco mais de 10 anos de existência no Brasil, pois a marca do cartão roxo sente dificuldades em encontrar profissionais com os requisitos necessários para as funções de "background".

"Em um cenário nacional de falta de mão de obra qualificada para áreas de tecnologia, a chegada desses profissionais é bastante estratégica para fortalecer o caminho de expansão do Nubank”, afirmou a marca em comunicado.

Não é de hoje que as empresas trabalham em parceria, fazendo com que a compra da prestadora de serviços de tecnologia não fosse algo tão surpreendente dentro do mercado, pois a Nubank já deixava perceptível o quanto gostava do trabalho da Plataformatec, principalmente do nível de conhecimento tecnológico dos funcionários de lá.

“Nosso maior gargalo hoje é na área técnica e o time da Plataformatec já vinha prestando consultoria para nós há algum tempo, com um nível muito bom de talentos”, explica Cristina, Junqueira, cofundadora do Nubank

Apesar de estar em expansão, algo que levou a contratação de 300 funcionários ao longo de 2019, totalizando um crescimento de 130% no número de trabalhadores, a Nubank ainda encontra dificuldades para realizar a contratação de engenheiros e outras pessoas de talento no país que se encaixem no perfil da Fintech, fazendo com que a busca seja continental, já que existem escritórios na Argentina, México e Alemanha.

“A maior restrição é a qualidade do talento que a gente encontra. Se a gente conseguir atrair mais talento por esses outros escritórios, é ótimo”, afirma.

Apesar de saber o potencial da empresa, em 2020 a Nubank está focada em expandir o serviço para outros países, como o México, mas sabe que um bom serviço prestado pode fazer os usuários tornarem a conta no banco digital a principal, além de amplificar os lucros de forma estável.

Se nós parássemos de crescer hoje, sem absorver novos clientes, que consomem investimentos até gerarem receita, já daríamos lucro. Não é algo que vamos perseguir cegamente. Queremos crescer em ritmo sustentável e com oportunidades de eficiência. Se isso vai nos levar a dar lucro, ótimo”, afirma Cristina.

“Estamos fazendo testes por lá, a resposta inicial é boa, mas ainda é cedo. Queremos começar a lista de espera por lá”, disse ela sobre a expansão para o México.