Na última terça-feira, 14 de julho, o Reino Unido anunciou o banimento da tecnologia 5G da Huawei no país e determinou que todas as companhias que utilizam os serviços da empresa deverão remover todos os equipamentos dela em até 7 anos. Com isso, a Huawei se pronunciou hoje, 15 de julho, e disse que a população do Reino Unido será a maior afetada nessa história.

Agora, o Ministro das Comunicações no Brasil, Fábio Faria, também deu algumas declarações sobre a novela que envolve a utilização das tecnologias da empresa chinesa para a implementação da rede 5G em solo brasileiro.

Para ele, o papel final na escolha da empresa que irá ajudar o Brasil a instalar a quinta geração de conectividade no país cabe ao presidente Jair Bolsonaro e que seu papel é apenas avaliar os possíveis candidatos e apresentar as melhores propostas ao líder do poder executivo.

“Meu papel como ministro é receber todos os candidatos, avaliar tecnicamente, em relação à transparência, investimentos, o que vai ficar para o nosso país, os benefícios que virão com isso. Agora levar para o presidente da república para ele decidir no momento adequado qual encaminhamento ele terá como presidente da nação”, afirmou o ministro.

A declaração, que foi dada ontem em uma entrevista ao Jornal da Record, diz respeito ao leilão da rede 5G no país, que foi adiado para 2021 devido à pandemia do novo coronavírus. Fábio Faria ainda destaca que essa não é a hora para pensar nisso, já que ainda há alguns meses pela frente até que uma decisão seja tomada. Para ele, esse é um assunto para o primeiro trimestre do próximo ano.

O ministro ainda opinou que a escolha da empresa responsável pela implementação da rede no Brasil é um assunto que vai além de sua pasta: “É muito maior que o ministério e eu já falei com o presidente que vou fazer o dever de casa e na hora certa eu vou conversar com ele para saber a posição dele para eu fazer meu trabalho.”

Por fim, Faria ainda destacou o seu trabalho principal como Ministro das Comunicações, que é o dever de disponibilizar o acesso à internet para 100% da população com o fim da pandemia.

“A inclusão digital é um desafio da pasta. O presidente Bolsonaro me pediu para que a gente levasse a internet para 100% da população. Todos teriam que ter acesso depois da pandemia. Nós estamos fazendo tudo de casa, pelo zoom, pelo celular e imagina quem não tem isso. Eu não quero acabar meu papel como ministro sem entregar isso à população.”

No momento, de acordo com o ministro, 20% da população brasileira não possui acesso à internet, com cerca de 40 milhões de pessoas “desconectadas”.