
Economia e mercado 08 Abr
14 de abril de 2021 0
Com países extremamente avançados na transição para o 5G, a implantação da rede no Brasil é um assunto constantemente debatido por especialistas e fornecedores de equipamentos, dado que os atrasos por parte do Ministério das Comunicações tornam a realidade cada vez mais distante. Na contramão dessa premissa, uma audiência pública do grupo de trabalho do 5G na Câmara dos Deputados foi ao ar na última terça-feira (13) com representantes de empresas fornecedoras que, em suma, afirmaram que a rede 5G com OpenRAN é totalmente viável no Brasil, o que tornaria o processo muito mais rápido.
Termo pouco familiar antes do conceito da tecnologia 5G surgir, mas já utilizado pelas empresas de telecomunicação, a OpenRAN é uma metodologia de estrutura de rede que conta com o investimento e contribuição de diversos fornecedores e desenvolvedores de software. Para os provedores de rede, por exemplo, é uma alternativa que aumenta as opções de customização do serviço, reduz gastos e, consequentemente, o preço final e oferecido aos clientes.
Para Rosilda Prates, presidente da P&D Brasil que apontou que o Funttel — Fundo para Desenvolvimento Tecnológico das Comunicações — tem viabilidade financeira para implementar a OpenRAN, declarou também que o método pode gerar uma economia de 40% em despesas de capital e 30% em despesas operacionais, e pode movimentar US$ 10 bilhões até 2025.
Países como Alemanha, Inglaterra e Japão já adotaram a metodologia OpenRAN para a elaboração das redes 4G no passado, e provavelmente se movimentarão para utilizar do mesmo padrão durante o processo de transição à nova geração de internet. Francisco Giacomini Soares, diretor executivo das operações latino-americanas da Qualcomm, afirma que interfaces mais abertas e interoperáveis são necessárias para os avanços.
O Brasil necessita de uma política para apoio ao OpenRAN para pesquisa e desenvolvimento, incentivo fiscal, direcionamento de fundos e/ou financiamento com juros mais baixos, portanto, temos um longo caminho pela frente.
É notável que a rede 5G terá um forte impacto em diversos setores à medida que for implementada. Se o OpenRAN se tornar um padrão popular no Brasil, muitos benefícios serão conferidos ao público consumidor e à Economia. De acordo com Soares, os principais desafios para a implementação da rede é a licitação e a implementação, que rever investimento das operadoras.
O leilão das faixas de espectro para o 5G possui um papel fundamental, tanto para seu uso quanto para os investimentos da operadora vencedora — se o leilão não for arrecadatório, haverá mais recursos para investir no 5G, possibilitando uma implementação mais ampla; caso contrário, o processo poderá ocorrer de forma mais lenta.
Concordando com os especialistas, o representante da Intelbras, Carlos Reich, entende que o OpenRAN é uma forma de trazer produtos mais baratos para o mercado, apontando que a indústria brasileira possui expertise para a ascensão da era do 5G no país. Por ora, aguardamos que o leilão, que ocorrerá no segundo semestre, resulte em metas mais altas para as operadoras.
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