Economia e mercado 06 Mai
A TIM, em parceria com a Vivo, compartilha a antiga rede de segunda geração em um piloto que abrange municípios com menos de 30 mil habitantes, de forma que possam expandir a cobertura de redes mais atuais e evitar a sobreposição de frequências.
Desta forma, antenas podem ser desativadas para que possibilitem o uso de espectros das gerações mais recentes de rede. De acordo com Leonardo Capdeville, CTIO da TIM, uma negociação com a Anatel deve acontecer para que o desligamento de redes antigas seja viabilizado.
Capdeville, que já foi diretor de rede na empresa parceira, enfatiza que a TIM opera atualmente com as redes 2G, 3G, 4G e 5G DDS (sem frequência dedicada), e para que a operadora seja capaz de aderir à quinta geração da rede móvel, é necessário que a atual infraestrutura abra espaço para as novas tecnologias.
Vale destacar que a elaboração do 5G — e até mesmo do 6G — não configura em inutilização total dos equipamentos antigos empresas de telecomunicação. Ao mesmo tempo em que uma grande parcela da população mundial ainda se conecta às redes antigas, todo um ecossistema se apoia nessa infraestrutura.
O CTIO reforça que ainda existem dúvidas se o 2G GSM, por ser mais antigo, deva ser desligado antes do 3G. O Sistema Global para Comunicação Móvel (GSM) ainda é amplamente utilizado por dispositivos como máquinas de cartão, rastreadores de veículos e objetos, centrais de alarme e diversos outros.
Com isso, o desligamento do 3G possibilitaria o avanço de redes dedicadas aos equipamentos de Internet das Coisas, como a banda estreita (NB-IoT) e o LTE-M para o setor automotivo e implementação de cidades autônomas inteligentes, além de dar mais visibilidade ao padrão 4G.
Para mais, as redes 2G e 3G são muito equivalentes no quesito quantitativo. A TIM equipa essas redes em 3.476 e 3.533 municípios, respectivamente. A migração das ligações telefônicas para a tecnologia VoLTE é outro fator que pode levar a terceira geração da rede móvel à obsolescência.
Caso essas projeções de Capdeville se concretizem, o Brasil seguiria os mesmos passos de operadoras de telefonia estrangeiras, que aposentaram a rede 3G e mantêm suporte da rede 2G em vista da expansão das novas tecnologias.
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