Enquanto a rede 4G ainda é novidade para alguns — inclusive para alguns brasileiros — e a mais recente tecnologia 5G é implementada ao redor do mundo com passos lentos em nosso país, algumas marcas já promovem o desenvolvimento da sexta geração de rede móvel.

Não apenas existem especulações em torno do assunto, como também patentes para a criação da infraestrutura do 6G. De acordo com um informe da Administração Nacional de Propriedade Intelectual da China (CNIPA), o país detém 35% dessas patentes, sendo líder mundial no quesito.

A proporção vem de um total de 38 mil tecnologias patenteadas ao redor do mundo, das quais 13.449 são provenientes da China, país que lançou seu primeiro satélite 6G no último ano. Os Estados Unidos, na sequência, contam com 18% dos registros.

Curiosamente, apesar de sua vantagem nesse mercado, uma única empresa chinesa está entre os dez maiores detentores de patentes para 6G do mundo. Dentre estes, também se encontram a Daewoo Communications (Coreia do Sul), Mitsubishi e NEC (ambas do Japão).

O país asiático conta com o maior número de patentes relacionadas às frequências em terahertz para 6G, detendo 40% dos registros. Dos dez maiores detentores de patentes nesta área, seis provêm de universidades chinesas e centros de pesquisa tecnológica.

A tecnologia 6G, prevista para ter velocidades até cem vezes maiores que a atual capacidade do 5G, deverá ter aplicações que abrangem comunicações a nível astronômico com o espaço sideral. Para esse tipo de conexão, a China também afirma ser líder com 31% das patentes.

Já abordada na quinta geração da rede, a inteligência artificial ganhará novos horizontes que, conforme os dados apontam, a China dominará com atuais 75% de todas as patentes registradas por universidades e centros tecnológicos chineses nesse universo.

Vale destacar que os Estados Unidos, em comunhão com a União Europeia, firmaram um projeto onde nenhum dos países obtém dominância sobre outro durante o desenvolvimento do 6G. A China, por sua vez, deverá "utilizar sua vantagem tecnológica no 5G para permanecer à frente", conforme afirma a CNIPA.