Economia e mercado 09 Jun
Na última terça-feira (15), as maiores operadoras de telefonia do país registraram seus argumentos contra as acusações de pequenos provedores sobre uma possível prática anticompetitiva na compra da Oi Móvel. A Algar Telecom, agora seguida pela Idec, NeoTV e Telcomp, havia criticado a venda da divisão móvel às operadoras TIM, Claro e Vivo.
As três operadoras assinaram a compra da Oi Móvel em dezembro do ano passado, e desde então enfrentam críticas das rivais de pequeno porte apresentadas no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Os compradores enviaram uma carta ao órgão antitruste, detalhando seus argumentos de defesa.
Em documento, as empresas afirmam que a aquisição da Oi Móvel pode favorecer a concorrência ao fortalecer empresas com menor participação conforme seu código de área. Além disso, a venda da divisão “não aumenta a probabilidade de exercício de poder coordenado porque o mercado móvel é muito dinâmico”, argumentam.
É ressaltado também que, apesar da compra em conjunto, ainda há rivalidade entre as empresas compradoras, portanto é esperada uma melhoria de serviços sem impactar no preço final dos planos oferecidos aos clientes, além de manter o investimento em marketing e índices de portabilidade equivalente.
A própria operadora Oi, na mesma carta, rebateu os argumentos dos pequenos provedores e ressaltou sua recuperação judicial e as deficiências que impedem o avanço da cobertura de rede. “A Oi se encontra em grande desvantagem em termos de cobertura, qualquer que seja o indicador adotado”, revela.
Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Vivo é a operadora com maior número de acessos por telefonia móvel, seguida pela Claro e TIM. Fora do pódio, a Oi figura em 4º lugar. Ainda assim, a Algar Telecom se encontra na 5ª posição com menos de 7% da participação da empresa adquirida pelo trio.
Vale lembrar que a Algar, no início do mês, registrou uma queixa contra a rede compartilhada entre a Claro e Vivo, alegando que a prática também deve favorecer a concentração de mercado sob domínio de companhias de grande porte. Até o momento, as operadoras não se manifestaram neste caso.
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