
Economia e mercado 05 Out
21 de novembro de 2023 51
Entidades que representam empresas do varejo nacional devem lançar uma campanha chamada de "Parcelo Sim!" nesta terça-feira (21). O manifesto tem como missão defender o parcelamento sem juros em compras realizadas por meio do cartão de crédito.
Segundo as associações, essa modalidade é usada por 75% da população e por 90% dos varejistas, sendo que, caso o modelo seja taxado, 42% dos brasileiros devem reduzir seus gastos pela metade.
O movimento é apartidário, mas pretende sensibilizar autoridades políticas do Executivo e do Legislativo a evitar que a população economicamente ativa e os varejistas sejam vilipendiados pelos grandes bancos.
O movimento nasceu após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defender que o parcelamento sem juros no cartão de crédito seja limitado a 12 prestações.
Apesar dos varejistas defenderem a manutenção do sistema atual de parcelamento, representantes do setor bancário afirmam que ele é responsável pela alta taxa de juros no cartão de crédito. Para eles, é preciso fazer uma diferenciação por linha de produto, além de limitar a modalidade sem juros.
Um bem durável, como uma geladeira, fogão, ar-condicionado, poderia ser vendido em um número maior de parcelas. Já um semidurável, como roupas ou eletrônicos, seria comercializado com um prazo menor. O modelo defendido pelos bancos também pretende fazer diferenciação de taxas de juros.
Se o cliente paga em 10 vezes, a taxa é maior. Quando ele paga em seis vezes, o juros é menor, algo semelhante a uma "escadinha".
Essas discussões estão acontecendo em meio ao debate sobre à provável extinção do crédito rotativo do cartão, que é acionado toda vez que o consumidor paga apenas uma parte da fatura até a data de vencimento. A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo ficou em 445,7% ao ano em agosto.
No entanto, representantes do governo federal acreditam que o fim do rotativo não deve reduzir as taxas de juros.
Com o fim do rotativo, o cliente seria direcionado a um sistema de parcelamento mais "acessível", mas há muita desconfiança da proposta dos bancos.
Enquanto o Banco Central não toma uma decisão sobre o assunto, o varejo deve seguir pressionando contra a mudança. O presidente nacional do Sebrae, Décio Lima, disse ao R7 que o parcelamento sem juros é um pilar essencial do comércio.
O parcelado sem juros é bom para quem compra e é bom para quem vende. A maioria dos empreendedores usa essa modalidade para ganhar fôlego no capital de giro. Para a população mais pobre, que precisa comprar comida, remédio ou eletrodomésticos, é uma ferramenta de crédito insubstituível por ser a única sem juros no país. Por tudo isso, estamos juntos na campanha em defesa do parcelamento sem juros.
A Proteste também faz parte do movimento e enviou uma nota ao presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN) e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em que criticava o fim do parcelamento sem juros.
Cabe lembrar que uma pesquisa divulgada recentemente mostrou que o brasileiro, mesmo aquele que faz compras internacionais, prefere o pagamento parcelado sem juros via cartão de crédito.
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