O TudoCelular já fez o teste de desempenho com o Moto G6 e o dispositivo decepcionou ao reabrir quase todos os aplicativos na segunda volta. Agora, vamos testar o Moto G6 Plus para descobrir se o 1GB a mais de memória RAM que ele tem em comparação com o modelo básico consegue corrigir esse problema.
Além do nosso tradicional teste de velocidade, vamos também ver como o dispositivo se sai em benchmarks e jogos, incluindo o PUBG Mobile, um dos jogos mais populares dos últimos tempos.
Para refrescar a memória, vamos às especificações técnicas completas do Moto G6 Plus, que tem um chipset Snapdragon 630, com processador de oito núcleos que rodam a até 2,2GHz, 4GB de memória RAM e 64GB de armazenamento interno.
O dispositivo tem ainda 1GB de RAM a mais que o Moto X4, que tem a mesma plataforma. O clock do processador é parecido com o do Exynos 7885, da SAmsung, presente no Galaxy A8 e A8 Plus.
Então, vamos ao nosso teste de velocidade. Se você não sabe ou não se lembra como ele é feito, vamos lá: são 12 aplicativos, incluindo alguns nativos e outros populares da Google Play Store, além de dois jogos. A lista completa tem relógio, câmera, galeria, configurações, Facebook, WhatsApp, Chrome, Netflix, Spotify, Photoshop Mix, Pokémon GO e Asphalt 8.
Começamos com o relógio, que serve de cronômetro aqui no teste. Depois de abrir todos, a gente volta ao relógio para dar início à segunda volta, e aí reabrimos cada app para ver se o dispositivo precisa recarregar algum do zero.
E, assim como o Moto X4 e o Moto G6, o G6 Plus precisou recarregar boa parte dos aplicativos desde o início, o que deixou a segunda volta bem mais comprida do que vemos nos smartphones top de linha e até em muitos intermediários.
O tempo do teste no novo intermediário da Motorola foi de 1min07s na primeira volta, mais 1min03s na segunda, totalizando 2min10s. Um tempo menor que os outros irmãos aqui mencionados, mas superior ao 1min37s que vimos no Moto G5S Plus, que é o seu antecessor. E também maior que o do Galaxy A8, considerado pela própria Motorola um de seus principais concorrentes.
Para uma empresa que diz usar o Android puro, a Motorola vem com uma sequência de três dispositivos com problemas no gerenciamento da memória RAM, que fecha aplicativos pesados e prejudica o multitarefas. Coisa que não vemos em dispositivos mais modestos, como os da Quantum, que também têm 4GB de RAM. Só para citar alguns exemplos de baixo custo.
A pontuação final no AnTuTu foi mais alta no G6 Plus do que no G6 e G5S Plus, ficando na mesma faixa do Moto X4. No total, foram 90.668 pontos no dispositivo que estamos testando.
Esse resultado ficou uns 20 mil pontos abaixo do Galaxy A8, que tem uma plataforma própria da Samsung.
Nos testes de CPU do GeekBench, o Moto G6 Plus seguiu abaixo do Galaxy A8, mas as coisas mudaram no teste da placa gráfica.
A pontuação no primeiro foi de 873 no single-core e 4.182 no multi-core. Já na GPU, o G6 Plus somou 3.771, que não é muito a mais do que os 3.650 registrados pelo concorrente da Samsung, mas está acima.
A placa gráfica do Moto G6 Plus repetiu o desempenho superior ao Galaxy A8 nos testes do 3D Mark, ficando em um patamar consideravelmente acima.
Com a API OpenGL, o dispositivo da Motorola somou 834 pontos, enquanto na Vulkan foram 71 pontos.
E, para reforçar, mais um teste de GPU. O GFX Bench renderiza pesadas imagens on e offscreen para calcular a quantidade de quadros que um dispositivo é capaz de carregar.
No teste chamado Manhattan, que usa a API OpenGL 3.1, o G6 Plus conseguiu um total de 581,9 quadros com a tela ligada, o que dá uma média de 9,4 FPS.
Já no teste T-Rex, que é mais leve, foram 1.581 quadros no total, uma média de 30 FPS.
E, para encerrar, o teste mais pedido e aguardado por nossos leitores e seguidores do canal do YouTube: jogos. Utilizamos a ferramenta Gamebench para nos auxiliar nessa etapa. Você pode passar os testes por conta própria no seu dispositivo, pois o download é grátis. A gente já ensinou como instalar e configurar a ferramenta em seu Android.
Nossa lista de testes tem seis jogos, e recentemente adicionamos um sétimo, após forte clamor popular. São eles, já com as respectivas taxas de quadros (em ordem alfabética):
- Asphalt 8: 30 fps
- Clash Royale: 59 fps
- Injustice 2: 30 fps
- Modern Combat 5: 28 fps
- PUBG Mobile: 26 fps
- Subway Surfers: 60 fps
- Vainglory: 60 fps
O G6 Plus não mostrou grandes problemas para rodar quase nenhum jogo da lista, que mescla alguns leves com outros mais pesados. Mas, falando no grande nome do momento, PUBG Mobile, a notícia não é muito animadora. O jogo ficou configurado com os gráficos no mínimo, e o dispositivo rodou a apenas 26 quadros por segundo. Deu para jogar, mas se você é exigente, vai reclamar.
O Moto G6 Plus decepcionou no teste de abertura de aplicativos, recarregando mais da metade dos 12 apps que utilizamos. Para o multitarefas, não é o melhor smartphone intermediário lançado esse ano oficialmente no Brasil.
Já nos jogos, dá para se divertir. Quem não é muito exigente, vai conseguir jogar praticamente todos os títulos disponíveis na Google Play Store sem grandes problemas.
Considerando o valor sugerido desse aparelho e comparando com o seu principal concorrente, o Galaxy A8, seu dinheiro está melhor investido no modelo da Motorola, ao menos no quesito desempenho. Mas a verdade é que ambos ficaram devendo, considerando os altos preços cobrados pelas fabricantes - que, ao menos, não chega a ser exorbitante no caso do G6 Plus.
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