A família Moto G6 chegou há pouco mais de uma semana, e o TudoCelular está com os três modelos na bancada para fazer todos os testes antes do nosso review. Já temos um comparativo de fotos às cegas para você votar com o modelo 'básico', e agora trazemos nosso teste de desempenho.

Com um chipset Snapdragon 450, o dispositivo traz uma boa melhoria em especificações quando comparado ao Moto G5S. Além de ter processador e placa gráfica mais poderosos, o novo intermediário tem mais memória RAM, totalizando agora 3 GB. Será o suficiente para colocá-lo entre os melhores aparelhos na faixa de preço, de R$ 1.299? É o que veremos a seguir.

Começando pelo nosso tradicional teste de velocidade. Com os 12 aplicativos de sempre, realizamos a abertura cronometrada de todo o conjunto em duas voltas. A primeira volta nos mostra quão veloz é o dispositivo para acessar as aplicações, enquanto a segunda serve mais para nos mostrar se os processos ficam armazenados em segundo plano para reabrir com rapidez.

E o Moto G6, infelizmente, decepcionou. O dispositivo recarregou quase todos os apps na segunda volta, mesmo com 3GB de memória RAM. Esperávamos que ele conseguisse manter as aplicações abertas sem problemas, mas não foi o que aconteceu.

Sendo assim, o tempo total em nosso teste foi de 2 minutos e 24 segundos, com 1min14s na primeira volta e 1min10 na segunda. Olhando o tempo da primeira volta, o dispositivo mostrou boa velocidade para iniciar os processos. O que pesou, realmente, foi o multitarefas. O G6 ficou atrás do G6 Play, cujo tempo no teste prévio de velocidade ficou em 1min48s.

É uma boa melhora em comparação com o Moto G5S, que levou 2 minutos e 55 segundos, ao menos. Também foi melhor, por exemplo, que o do Galaxy J5 Pro (2min40s) e até que o Moto X4 (2min33s). Mas ficou abaixo do Galaxy J7 Pro, (2min20s) que também tem 3GB de memória. E também recarregou aplicativos na segunda volta.

E agora, temos os números mais "frios", de benchmark. Começando pelo AnTuTu, ferramenta que foi reformulada recentemente e teve o cálculo da pontuação final repensado, apontando agora números maiores, mas também avaliando mais recursos dos dispositivos.

O Moto G6 teve uma boa pontuação, ficando dentro do esperado para o hardware que traz, com 70.437 pontos, sendo que o dispositivo testado pelo TudoCelular superou a pontuação de apenas 18% das unidades do mesmo modelo. O que importa para nós, porém, é a faixa de pontuação, não o número em si.

A segunda ferramenta é o GeekBench, com o qual fazemos testes de CPU e de GPU. No primeiro caso, o aplicativo avalia a performance de cada núcleo presente no chipset e depois faz um teste com todos eles juntos.

O Moto G6 somou 737 pontos no single-core e 3.828 no multi-core. De novo, pontuações esperadas para o tipo de hardware presente no dispositivo, que é um intermediário mais em conta.

No teste da placa gráfica, tivemos 2.764 pontos, o que também é razoável considerando as especificações do aparelho.

Outra ferramenta que foi reformulada há pouco tempo, o 3D Mark agora faz testes com duas APIs gráficas diferentes. O teste com a Open GL 3.1 foi mantido, mas uma nova avalização com a API Vulkan foi incluído. O teste realizado pelo TudoCelular é o Sling Shot Extreme, que é o indicado pela ferramenta.

No primeiro caso, a pontuação do Moto G6 foi de 438 pontos, enquanto no segundo ficou em 389. Essa diferença é normal, e os resultados estão dentro do esperado.

Então, vamos para a quarta ferramenta de nosso teste, o GFX Bench. Aqui, selecionamos os testes chamados Manhattan 3.1 e T-Rex, em dois casos cada: com a tela apagada, na resolução Full HD, e com o display ligado, utilizando a resolução padrão do dispositivo, no caso o Full HD+.

Mais uma vez, nada muito novo para se dizer aqui. Os resultados, que aqui são medidos em quadros por segundo, foram de 5,8 fps e 20 fps com a tela ligada para o Manhattan e T-Rex, respectivamente.

Agora o teste que talvez seja o mais interessante, depois da abertura dos aplicativos. Utilizamos a ferramenta Gamebench para fazer uma medição da taxa de quadros que o smartphone roda alguns jogos bastante populares da Google Play Store. À nossa lista de seis títulos, adicionamos o PUBG, após grande clamor popular.

O resultado ficou dentro do esperado para um dispositivo intermediário com chipset modesto. Nenhum jogo conseguiu cravar a taxa máxima, mas Clash Royale ao menos ficou próximo, assim como Asphalt 8 (que é travado para 30 fps). Subway Surfers ficou em 57 fps, mas sentimos umas travadas que prejudicaram mais o jogo do que, por exemplo, os 52 fps de Vainglory.

Para falar separadamente do grande título do momento, PUBG, o jogo foi configurado para gráficos mínimos, mas não achamos que isso chega a ser incômodo. Dá para se divertir bem mesmo assim. E a performance foi muito boa, sem travamentos, então dá para se virar legal com o G6 nesse jogo.

Vale aqui duas observações: a primeira, é que tivemos problema com o teste tanto com Subway Surfers quanto com PUBG, que tiveram a medição final prejudicada por algum bug da ferramenta, ao que parece. A outra é que, mesmo em Subway Surfers, deu para sentir um aquecimento um pouco excessivo do smartphone durante os cerca de 15 minutos em cada título.

Apesar de ter review declarando que o Moto G6 tem ótimo desempenho, parece que os testes não foram aprofundados o suficiente. Há uma melhora clara em relação ao antecessor, mas ainda não dá para colocar o Moto G6 entre os melhores intermediários. O tempo de abertura dos aplicativos, aliás, foi maior do que o do G6 Play, que tem hardware inferior.

E não, com essa performance, o dispositivo não vale o preço de lançamento. Há opções um pouco melhores por preços mais baixos, como o Moto G5S Plus, por exemplo. No entanto, ainda faremos mais testes para ver, por exemplo, se a câmera do modelo mais recente traz alguma melhoria em comparação a esse antecessor.

O Motorola Moto G6 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.