Com um dívida na casa dos 65,4 bilhões, a situação da operadora Oi encontra-se cada vez mais crítica. A empresa vem enfrentando diversos problemas em formular um plano para conseguir quitar suas dívidas que só crescem a medida que o tempo passa. Com isso, credores já manifestaram o temor com a recuperação judicial da empresa e rumores mais recentes dizem que a operadora pode ser vendida para os chineses.

Na sexta-feira passada (20/10) a justiça adiou a assembleia de credores da empresa para o dia 06 de novembro em primeira convocação e 27 de novembro em segunda. Isso fez com que o governo respirasse mais aliviado, uma vez que, não havia até então uma solução viável para o problema da empresa e a reunião poderia acirrar os ânimos dos credores.

Agora, em mais uma notícia nada boa para a operadora, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicou hoje (23/10) que rejeitou a proposta da Oi de trocar multas por investimentos. A empresa tinha feito essa oferta a agência como forma de reduzir suas dívidas. Ainda segundo a Anatel, a Oi não tem capacidade para honrar os compromissos de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

A Anatel ainda afirmou em nota que os planos apresentados pela Oi não dão garantia de que haverá recursos suficientes para que a Oi cumpra os termos dos acordos que trocam multas por investimentos.

O andamento não satisfatório das tratativas voltadas à construção de um plano de recuperação judicial sustentável para o Grupo Oi trouxe à agência questionamentos sobre a capacidade do grupo honrar os compromissos que viriam a ser assumidos no âmbito dos TAC’s

O acordo que a Oi tinha feito em maio do ano passado com a Anatel previa que a operadora iria ter um prazo de quatro anos para fazer investimentos da ordem de R$ 3.2 Bilhões em troca do perdão de R$ 1.2 Bilhão em multas que a empresa deve a agência. Mas a Oi entrou em recuperação judicial e isso fez com que o Tribunal de Contas da União determinasse a paralisação do processo. A Anatel ainda disse que

foi possível verificar que os sucessivos planos apresentados pela empresa não contemplaram garantias de haveres lastreadores suficientes ao cumprimento dos compromissos a serem firmados no âmbito dos TAC’s.

A novela da recuperação da Oi agora ganha mais um capítulo complicado para a empresa que é dona da maior dívida registrada por uma companhia brasileira. Com isso, o impasse segue entre os acionistas e os credores, uma vez que, os credores querem uma fatia maior da Oi caso as dívidas sejam revertidas em ações e isso contraria os acionistas.