Economia e mercado 12 Dez
Enquanto o governo do Reino Unido se prepara para decidir se permite ou não a Huawei na sua infraestrutura 5G, uma delegação estadunidense desembarcou em Londres nesta segunda-feira (13). Ao que tudo indica, a intenção de Washington é fazer pressão para que o país proíba a chinesa de atuar em seu território.
A ação ficou ainda mais evidente com um alerta emitido na manhã de hoje (14). De acordo com o governo Trump, ao permitir o uso da Huawei no seu 5G, o Reino Unido pode "colocar em risco" o compartilhamento transatlântico de inteligencia e informações sigilosas.
Além disso, fontes que estiveram presente em algumas reuniões disseram que as autoridades dos EUA entregaram um dossiê de informações técnicas que contradiz a agência de inteligência britânica.
Para quem não se lembra, a agência britânica de segurança já havia se manifestado anteriormente sobre a situação da Huawei afirmando que é seguro usar os equipamentos da chinesa. A intenção de Londres é liberar o uso de antenas da empresa, enquanto que o núcleo da rede será fornecido pela Nokia ou Ericsson.
No entanto, as autoridades dos EUA alegam que essa atitude é muito perigosa. Isso porque o potencial da rede 5G ainda não é totalmente conhecido. Assim, para manter a segurança total, o mais recomendado é banir completamente a Huawei. Questionados sobre o objetivo das reuniões em Londres, os representantes da delegação de Washington não quiseram se manifestar.
Já o chefe da agência britânica de segurança, Andrew Parker, disse que o compartilhamento de informações entre EUA e Reino Unido não será danificado se a Huawei operar no país:
Talvez o que precise de mais foco e mais discussão é como vamos chegar a um futuro em que vamos ter uma gama mais ampla de competidores no mercado 5G ... é preciso deixar de lado o sim ou não sobre a tecnologia chinesa
Confrontada com as acusações dos Estados Unidos, a Huawei nega que seja usada para fazer espionagem para Pequim. A companhia também afirma que nunca desenvolveu um "backdoor" em seus equipamentos e se ofereceu para assinar um "acordo de não espionagem".
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