02 Abril 2020
Empresas de telefonia têm ajudado, no Brasil, a detectar o deslocamento de civis através de mapas de calor. Iniciativas assim existem no Rio de Janeiro e também em São Paulo. Mas países como a China foram além e desenvolveram apps para um controle mais preciso da população por parte do governo.
Nos EUA eles foram além e estão mapeando deslocamentos a partir de dados de geolocalização oferecidos por agências de anúncios, mas a Rússia é a mais nova a aderir a esse meio de vigilância, e de forma polêmica.
Na semana passada o presidente Vladimir Putin havia anunciado as primeiras medidas do país para o controle do contágio, incluindo uma semana de férias remuneradas em toda a indústria nacional. Agora, um app será liberado para que contaminados possam ser observados de perto, ajudando o governo a entender seus deslocamentos e como a contaminação se dá no território.
Uma versão beta chegou a ser liberada prematuramente na Play Store, e analistas de segurança a obtiveram e acharam uma série de códigos suspeitos. Por exemplo, o app pedia permissão para uso da câmera, agenda de contatos, e outras que davam uma imensa liberdade ao app.
Além disso, o conteúdo coletado poderia ser enviado não apenas para o governo russo, mas também jurisdições externas, como Estônia e Alemanha.
Tem sido o entendimento de muitos que o app acabará extrapolando sua função inicial, sendo usado para propósitos bem maiores e não divulgados, sob o pretexto da pandemia do novo coronavírus.
Vale lembrar, ontem (1º) a Sony da Rússia anunciou que não venderá Call of Duty: Modern Warfare 2 Remastered por lá, em uma decisão de auto-censura pela missão polêmica No Russian.
E você, acha que governos poderiam estar usando a pandemia como pretexto para aumentar o nível de vigilância sobre a população? Conte para a gente nos comentários!
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