Economia e mercado 13 Mai
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) acirrou ainda mais a já problemática disputa comercial entre China e Estados Unidos. Em entrevista ao canal Fox Business, o presidente Donald Trump ameaçou criar um novo imposto que pode afetar a Apple e também sugeriu que os EUA podem "cortar" totalmente as relações com a China.
Trump disse que não quer falar neste momento com o chefe chinês, Xi Jinping, devido ao tratamento que Pequim deu à pandemia do vírus. Recentemente, o presidente também comentou que a China ocultou a gravidade da doença e isso impediu que os EUA articulassem uma resposta mais rigorosa contra a crise:
Tenho uma relação muito boa, mas agora não quero falar com ele. Estou muito decepcionado com a gestão da pandemia por parte do governo chinês.
Quando questionado se os Estados Unidos poderiam adotar medidas de retaliação, Trump não quis entrar em detalhes. Contudo, o presidente alertou que Washington pode sim cortar todas as relações com Pequim.
Há muitas coisas [que podem ser feitas]; Poderíamos cortar todas as relações e economizaríamos 500 bilhões.
Por enquanto, ainda é muito cedo para saber se a mensagem de Trump se tornará realidade. Contudo, o seu governo vem acusando a China de maquiar os números de mortos por coronavírus, além de afirmar que o pais optou por diminuir a gravidade da doença para estocar suprimentos médicos.
Já o secretário de estado, Mike Pompeo, aderiu a uma teoria que diz que o vírus "escapou" de um laboratório chinês. A China nega as acusações e considerou as recentes declarações de Pompeo "insanas".
Por outro lado, o FBI e o Departamento de Segurança investigam supostos ataques de hackers chineses que estariam "tentando identificar e obter ilegalmente propriedade intelectual valiosa e dados de saúde pública relacionados a vacinas e tratamentos em pesquisa relacionada com a Covid-19."
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