Tech 08 Set
A corrida por uma vacina ou uma forma de imunizar as pessoas contra o coronavírus segue num ritmo acelerado. Hoje um grupo de cientistas apresentou uma molécula capaz de neutralizar a capacidade do Sars-Cov-2 de infectar o organismo.
A solução é semelhante a apresentada pela cientista Mónica Olvera recentemente, mas ela é inspirada no sistema imunológico mais simples encontrado em animais como as lhamas, que possuem células de defesa 10 vezes menores que as humanas, além de mais simples. A novidade foi publicada no bioRxiv pela equipe de pesquisadores do Howard Hughes Medical Institute.
A vantagem dos chamados nanocorpos é que eles conseguem se encaixar entre proteínas utilizadas pelo vírus para infectar o organismo e isso pode ser aplicado ao coronavírus, visto que as proteínas spike que o cobrem precisam tocar a célula para infectá-la.
Testes mostraram que foi necessário apenas uma molécula com 3 nanocorpos criada em laboratório para que cada proteína spike fosse inutilizada, impossibilitando o vírus de infectar células. Segundo os cientistas responsáveis, a experiência em laboratório mostrou que essas moléculas podem se manter ligadas por mais de uma semana, tornando a proteção muito eficiente.
A ideia é criar um spray aerossol com moléculas de nanocorpos que possa ser aplicado diretamente no nariz para proteger as pessoas do coronavírus.
O próximo passo, entretanto, ainda é realizar a pesquisa em pares, visto que os autores do projeto agora procuram por parceiros para realizar testes das moléculas em segurança, mostrando se elas são eficientes em mais testes e diferentes condições.
Por enquanto vale dizer que o aerossol não passa de um projeto a ser realizado, mas que tem empolgado muito a comunidade científica. Uma vez que ele seja desenvolvido, a primeira preocupação é sobre quanto tempo essa proteção vai durar no organismo ao permanecer no sistema respiratório.
Outra possibilidade para combater o coronavírus apresentada recentemente é o soro produzido com plasma de cavalos no Rio de Janeiro, mas esta solução seria destinada principalmente a infectados pela COVID-19 e não a prevenção.
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