Economia e mercado 11 Mai
A divisão biotecnológica da Samsung pode receber matéria-prima para a produção massiva das vacinas contra o coronavírus com tecnologias patenteadas pela Pfizer e Moderna, ambas norte-americanas, em um suposto acordo sugerido pela mídia sul-coreana.
Conforme apontado, a cúpula com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, à qual o presidente Moon Jae-in da Coreia do Sul comparecerá, deverá surtir em colaborações entre os líderes para um grande investimento no mercado de semicondutores em troca de matéria-prima para vacinas produzidas no território asiático pela Samsung Biologics.
O secretário-chefe de política da Coreia do Sul, Lee Ho-seung, relatou que os Estados Unidos possuem grande estoque de matérias-primas e patentes para vacinas da Covid-19, o que poderia beneficiar um país que já detém a segunda maior capacidade de fabricação de medicamentos do mundo.
O possível acordo é dado em vista do descontrole em casos de coronavírus observados na Coreia do Sul. Inicialmente, a propagação do vírus havia sido contida através da quarentena, contudo, o suprimento de vacinas para os 52 milhões de habitantes não vem sendo igualmente eficaz.
Desta forma, o país se tornaria centro global de produção de compostos contra o SARS-CoV-2, à medida que a economia norte-americana é beneficiada com mais investimentos em seu fragilizado mercado de hardware.
A Samsung Biologics poderia desempenhar um papel maior, pois já produz vacinas em suas fábricas na Coreia do Sul em uma base contratual. O que a Samsung quer é adquirir tecnologias patenteadas não apenas para ganhar ordens de produção de vacinas da Pfizer e da Moderna, mas para expandir suas linhas de fornecimento na Ásia e Europa.
Porta-voz da Coreia do Sul
Até o momento, representantes negam as especulações de que a Samsung Biologics assinou um contrato com a Pfizer para a produção de vacinas nas instalações da Coreia do Sul, porém, as discussões sobre o projeto ainda estão em andamento, conforme alegam os analistas.
A Moderna, por sua vez, planeja criar instalações na Ilha Yeongjong para a fabricação dos imunizantes em território coreano. Curiosamente, a vacina da empresa não foi aprovado para uso no país.
A cúpula está prevista para acontecer na próxima sexta-feira (21), e deverá contar com a presença de John Rim, CEO da Samsung Biologics. Os Estados Unidos relutam em compartilhar as tecnologias biofarmacêuticas por serem considerados "itens estratégicos", mas em vista da crise tecnológica, é possível que haja maior flexibilidade do governo americano na reunião.
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