Economia e mercado 14 Nov
CEO da Tesla, SpaceX e Twitter, Elon Musk anunciou nesta quinta-feira (24) que disponibilizará o beta aberto do recurso de condução autônoma em seus carros elétricos. O Full-Self Driving (FSD) permite que os veículos parem em semáforos, detectem obstáculos e respondam a vários cenários do trânsito automaticamente durante seu trajeto.
O FSD Beta estará disponível para todos os motoristas de carros da Tesla na América do Norte que compraram o serviço como um recurso extra por US$ 15 mil (cerca de R$ 80 mil). Até então, a fase de testes contava com “apenas” 100 mil registrados em um programa fechado, mas finalmente ganhará mais abrangência com o beta aberto.
Tesla Full Self-Driving Beta is now available to anyone in North America who requests it from the car screen, assuming you have bought this option.
— Elon Musk (@elonmusk) November 24, 2022
Congrats to Tesla Autopilot/AI team on achieving a major milestone!
O propósito da tecnologia é servir como uma evolução do Autopilot, que possui funções mais básicas de assistência, como manter uma velocidade constante. O “Full-Self Driving” (“Condução autônoma total”, em tradução livre) leva seu nome ao sentido literal por dispensar a maioria das ações do motorista — embora ainda haja necessidade de atenção.
O FSD é capaz de fazer curvas, parar em semáforos, realizar frenagem de emergência e estacionar automaticamente — basta que o motorista insira o trajeto desejado, e o carro utilizará seu conjunto de sensores, software inteligente e poder de processamento para se conduzir até o destino.
Embora as frustradas previsões de Elon Musk tenham aumentado as expectativas quanto ao lançamento do Full-Self Driving, a abertura do programa de testes para todos os donos de veículos da montadora norte-americana não representa, necessariamente, um grande passo rumo ao futuro dos carros totalmente autônomos.
Muito além das preocupações quanto ao software dos carros — que é alvo constante de críticas devido às suas supostas falhas de segurança —, é necessário alertar para a prudência dos próprios motoristas, afinal, qualquer sistema é passível de imperfeições e pode requerer a atenção de um condutor enquanto o recurso não é estável.
Dados divulgados em junho pela Administração de Segurança no Tráfego Rodoviário dos Estados Unidos apontam que, de 392 acidentes de trânsito envolvendo sistemas de assistência de condução nos Estados Unidos, 70% foram causados por veículos da Tesla.
Por ora, não há previsão de lançamento estável para o Full-Self Driving, mas é fato que a tecnologia deve amadurecer muito antes de ser disponibilizada oficialmente para todos os veículos em circulação no mundo.
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