Google 04 Mar
Há poucas horas o Google anunciou diversas novidades para a linha de smartphones Pixel, reiterando que eles, como de costume, sempre recebem as novidades antes de todo e qualquer outro celular rodando Android por aí.
Estamos falando de recursos que incluem a possibilidade de agendamento do tema escuro, melhorias no brilho adaptável, configuração de pequenas ações mediante à rede Wi-Fi a qual o aparelho está conectado e até novos gestos para o chip especial do Pixel 4 e 4 XL.
Novos emojis e efeitos AR para o Google Duo também foram alguns dos destaques, e todos esses estão detalhados na página oficial de suporte da Google – porém, um dos recursos que acabou “passando batido” por muitos usuários acabou sendo uma verdadeira surpresa.
Estamos falando de algo bastante similar ao 3D Touch da Apple que, por sinal, foi removido dos modelos mais recentes do iPhone dando lugar ao Haptic Touch; sim, trata-se da habilidade de pressionar firmemente na tela para engatilhar determinadas ações.
O recurso era bastante utilizado por muitos usuários do iPhone, e era extremamente útil em algumas situações como, por exemplo, editar um longo texto conseguindo posicionar o cursor nas palavras desejadas rapidamente apenas pressionando de forma mais firme no teclado virtual.
Enquanto a Apple decidiu abandonar o 3D Touch devido à suposta necessidade de hardware específico para que ele funcionasse (o que acabava encarecendo o custo de produção), a Google deu um verdadeiro tapa de luva mostrando que a mesma coisa pode ser feita via software.
Basicamente foi a mesma coisa que a gigante de Mountain View fez com a câmera dos Pixels – utilizando algoritmos especiais para conseguir recursos extras que, em muitos casos, careceriam do uso de hardware extra.
Ainda falando sobre o recurso, de acordo com o Google:
O Pressionamento Longo é compatível com apps selecionados e com a interface do sistema tais como, por exemplo, o Launcher, Fotos e Drive. A atualização acelera o pressionamento para trazer mais opções de forma mais rápida. Também planejamos expandir o funcionamento para mais apps oficiais em breve.
Ou seja, em outras palavras, a opção de pressionar com mais força na tela chega para ativar os menus de forma mais rápida, funcionando como uma espécie de atalho para aqueles menus que eram ativados quando o usuário ficava alguns segundos a mais com o dedo na tela.
O Google utilizou mecanismo de aprendizado de máquina para criar algoritmos que são capazes de detectar a pressão mais firme do dedo, algo que a Apple só era capaz de fazer funcionar com hardware extra, e a forma como isso é registrado possivelmente tem a ver com a área do toque.
Quando pressionamos a tela de forma mais firme uma parte maior dos nossos dedos acaba sendo registrada pelo sensor de toque, é aí que o aprendizado de máquina entra para complementar as informações, afinal de contas, existem milhões de tamanhos e formatos diferentes de dedos, não é verdade?
Não há como saber ao certo de que maneira esse tipo de tecnologia pôde ser embarcada utilizando apenas aprendizado de máquina, tampouco sabemos se ela consegue ser tão precisa como, por exemplo, o 3D Touch da Apple era.
A verdade é que, por ter um funcionamento bem mais “limitado” do que o do antigo recurso dos iPhones – afinal de contas, no Pixel ele só será usado para acelerar o aparecimento de alguns menus – talvez não precisaremos de algo tão especificamente preciso.
Seria interessante ver em um futuro não muito distante o Google ampliar as funcionalidades desse recurso e, quem sabe, começar a oferecer pelo menos uma boa parte das possibilidades que os usuários do iOS tem (ou tinham, dependendo do modelo de iPhone) com o 3D Touch.
- O Google Pixel 4 XL ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
- O Google Pixel 4 ainda não está disponível nas lojas brasileiras. Para ser notificado quando ele chegar clique aqui.
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