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Um estudo realizado no Laboratório Aterolab, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), conseguiu descobrir mais uma função para a Inteligência Artificial. Os pesquisadores utilizaram a tecnologia para identificar doenças cardíacas crônicas.
O levantamento coloca os pacientes em categorias entre os que mais e menos possuem riscos a algum problema no coração, além de calcular quanto o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) sairia.
O algoritmo – por meio de aprendizado de máquina com base em resultados de 1.089 voluntários – utiliza 29 variáveis clínicas – como sinais vitais, diagnósticos e dados coronarográficos – para simular os cenários para cada paciente, com uma previsão de 92% dos futuros eventos que a pessoa poderá ter posteriormente.
De acordo com o coordenador do Aterolab, Andrei Sposito, o objetivo do trabalho nesta pesquisa é auxiliar os médicos na tomada de decisões e na precisão do diagnóstico.
“O médico precisa decidir se o paciente pode ter alta, se precisa de outro tipo de intervenção ou de cuidados de alto custo, se pode ir para um hospital da rede pública ou ficar em hospital de alta complexidade. Para facilitar essa decisão, criamos alguns algoritmos sofisticados baseados em equações a partir da soma de características dos pacientes.”
Andrei Sposito
Coordenador do Aterolab e orientador da pesquisa
A intenção dos pesquisadores brasileiros é de levar os resultados do estudo até os hospitais públicos no ano de 2021. O trabalho ficou em primeiro lugar no International Society for Pharmacoeconomics and Outcomes Research (ISPOR) Europe 2019 e foi apresentado no 74º Congresso Brasileiro de Cardiologia.
Vale lembrar que recursos de IA já foram usados anteriormente na medicina para identificar câncer, criar compostos para remédios e realizar laudos de tomografia.
Quais são as suas expectativas para a utilização desse tipo de tecnologia na detecção de doenças crônicas no coração? Dê seu comentário no espaço abaixo.
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