Tech 05 Jul
A busca por espectro para implantação da quinta geração das redes celulares (5G), é a principal dificuldade que as operadoras mundiais enfrentam neste momento. É o que diz o vice-presidente sênior e gerente geral da Qualcomm 5G, Durga Malladi, em entrevista ao Mobile Time.
Malladi prevê que cinco dos seis países que iniciaram 2019 ofertando 5G com frequência abaixo de 6 GHz, como China, Austrália e Japão, passarão para ofertar ondas milimétricas. Já os Estados Unidos, que começaram a implantação com mmW, darão início ao 5G no sub-6 GHz ainda em 2021. Segundo o executivo, é perceptível um avanço gradual nos testes das mmW e sua presença em alguns leilões ao redor do mundo.
Enquanto isso, o cenário continua um pouco mais devagar nos países emergentes da América Latina, Sudeste Asiático, Oriente Médio e Índia, comenta Malladi, mas as primeiras ofertas devem acontecer.
No Brasil, por exemplo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou o primeiro leilão de espectros 5G para o segundo semestre de 2021 após repetidos atrasos. O bloco ficará disponível para serviço móvel, serviço de comunicação multimídia e serviço fixo em caráter primário.
Em termos de padrões de uso, Malladi aposta que as camadas FDD (com ou sem DSS), TDD e ondas milimétricas serão as mais populares e devem coexistir. O vice-presidente da Qualcomm analisa positivamente a combinação da velocidade de 10 Gbps no 5G com esses padrões, obtidos pelo Release 16 do 3GPP, e sugere que as operadoras brasileiras ofereçam planos de Internet móvel e fixa como um só.
Segundo o executivo, essa vantagem será possível devido a velocidade de 10 Gbps se equiparar à oferta de FWA e modems como o Snapdragon X65. Para as fabricantes de dispositivos, o aumento da média de taxa de dados que deve ocorrer por conta da chegada de acessórios e aplicações high-tech como óculos de Realidade Aumentada (AR) será um grande ponto positivo.
O que você acha a respeito da implantação de 5G no Brasil e no mundo? Conte sua opinião nos comentários!
Comentários