
25 Mai
13 de maio de 2021 0
A explosão que devastou o porto de Beirute, no Líbano, intrigou os cientistas devido à quantidade de energia liberada pela detonação que ultrapassou a velocidade do som, ou seja, aproximadamente 1.238 km/h ou 340 m/s.
Essa velocidade é facilmente atingida pelos jatos supersônicos que já cortam os céus nos dias atuais, contudo, não basta para que viagens populares e interplanetárias sejam consideradas rápidas. Com isso, cientistas iniciaram experimentos com a detonação hipersônica, capaz de atingir mais de 20 mil km/h.
Na teoria, a energia liberada por esse tipo de explosão é extremamente volátil e incontrolável, durando menos de um microssegundo. Abordando essa limitação, uma equipe da Universidade da Flórida Central conseguiu sustentar a detonação em uma posição fixa por vários segundos, sendo um grande marco para a evolução dessa tecnologia.
O que estamos tentando fazer aqui é controlar essa detonação. Queremos congelá-lo no espaço e aproveitar essa energia. Em vez de destruir edifícios, como você viu no Líbano, agora eu quero usá-lo e produzir impulso com ele.
Kareem Ahmed
Professor de Engenharia Mecânica e Aeroespacial
Estudos datados em escala de décadas finalmente resultaram em um sistema chamado motor de onda de detonação oblíqua (ODWE). Essa tecnologia funciona com o afunilamento de ar e combustível em uma espécie de rampa, que aquece a mistura através de atrito e causa explosões em velocidades hipersônicas, isto é, cinco vezes a velocidade do som.
Esse tipo de combustão é muito mais eficiente que outras técnicas, aproveitando algo próximo de 100% das partículas utilizadas para criar pressão e possibilitam maior impulso de arranque. Futuramente, a velocidade média desses veículos poderia atingir até 17 vezes a velocidade do som, conforme preveem os cientistas.
Entretanto, as análises do estudo ficam limitadas por não existir uma estrutura de observação suficientemente resistente para que suporte a pressão gerada pelas detonações em laboratório. Por outro lado, os cientistas acreditam que o fato de terem contido as explosões por mais de três segundos são suficientes para comprovar que puderam estabilizar a energia.
As projeções dos especialistas são positivas. Em colaboração com a NASA para reduzir o estrondo gerado por essas propulsões, a tecnologia poderia ter aplicações em viagens intercontinentais. Como exemplo, uma viagem entre Nova York e Londres levaria menos de uma hora, em contraste com a média de 8 horas para concluir o mesmo percurso com os aviões atuais.
Naturalmente, velocidades desse nível poderiam colaborar para viagens interplanetárias muito mais rápidas e de fácil controle. O próximo objetivo é descobrir a proporção ideal dos três ingredientes-chave — combustível, velocidade do ar e ângulo de rampa — para manter a estabilidade da detonação em maiores escalas.
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