De tempos em tempos, o robô canino Spot, da Boston Dynamics, assume novos papeis. Depois de ser usado como "policial", guia turístico e até trabalhador de armazém, agora ele pode pôr em práticas suas habilidades artísticas. Atualmente, o robô está sendo usando na trienal da National Gallery of Victoria, em Melbourne, Austrália, pela artista Agnieszka Pilat.

Pilat teve a ideia de retratá-lo após vê-lo como uma celebridade em destaque. Na performance, ela atribuiu a cada um dos 16 símbolos hexadecimais um personagem, explorando a comunicação inicial com civilizações ou espécies recém-descobertas.

Pilat trabalhou com engenheiros para conectar Spot a um modelo público de inteligência artificial, permitindo que o robô interpretasse mensagens hexadecimais e representasse cada caractere de maneira única ao ser solicitado a pintar.

Usando um "óleo em bastão", uma espécie de giz gigante acoplado às garras do robô, ela superou o desafio de fornecer uma ferramenta capaz de deixar uma marca.

Veja o robô em ação:

Embora as obras geradas por Spot possam não ser comparáveis a grandes obras de artistas humanos, Pilat destaca que a qualidade não é o foco. Ela está interessada em compreender como os robôs podem contribuir para a arte. Spot, por sua vez, apresenta limitações, como a dificuldade em criar linhas horizontais devido à sua habilidade limitada de movimentação lateral.

Os resultados, segundo Pilat, são semelhantes ao trabalho de crianças, com erros incorporados às peças. A exposição atrai visitantes interessados em tirar fotos com Spot, e a instalação inclui um espaço para selfies.

Pilat planeja dirigir Spot na criação de 36 obras ao longo da Trienal, que segue até abril de 2024. A artista sugere que, ao considerar as obras como um todo, uma mensagem será revelada aos espectadores dedicados o suficiente para explorar sua obra completa.