
Tech 03 Mai
Quem costuma acessar o Gerenciador de Tarefas do Windows já deve ter reparado que o cálculo em tempo real de uso de memória do PC é feito em “megahertz”, ou “MHz”. Entretanto, uma atualização da Microsoft para o Windows 11 deve alterar essa métrica, adotando “megatransferências por segundo”, ou simplesmente “MT/s”.
O motivo para isso, conforme apontado pelo informante “PhantomOcean3” no X (ex-Twitter), é permitir que a Microsoft faça um cálculo mais preciso do consumo de memória durante as atividades e aplicações em uso de um computador.
To enable the DDR memory speed units change (MT/s instead of MHz) in Task Manager in Beta build 22635.3570, run:
— PhantomOcean3 🌳 (@PhantomOfEarth) May 5, 2024
vivetool /enable /id:38476224,48380607 pic.twitter.com/hbU2RVniNF
Conforme apontado pelo usuário na postagem acima, a mudança de MHz para MT/s apareceu na build 22635.3570 da versão beta do Windows 11. A Microsoft liberou a versão para download exclusivo para membros do programa Windows Insider no último dia 3, trazendo recursos como duplicação de abas no Explorador de Arquivos e a paralisação temporária da distribuição do Copilot, após reclamações da comunidade.
E tem a questão da mudança da unidade de medida de memória, conforme apontado pela própria Microsoft...
A alteração da unidade de medida, neste caso, é mais do que uma simples mudança de letras. O modelo atual – MHz – trabalha em um formato de contagem envolvendo “milhões de ciclos por segundo”, essencialmente analisando o tempo que uma memória leva para mudar o seu estado de um ponto para outro.
Na Ciência da Computação, um “estado” corresponde à como um sistema estava antes da execução de uma atividade, versus depois dela. “Antes de abrir esse app, o Windows estava desse jeito, e mudou para outro jeito após o app abrir”, por exemplo. A memória do computador é que faz a leitura de ambos os estados e permite que você vá e volte entre eles rapidamente.
A nova unidade – MT/s – trabalha de uma forma um pouco mais aprofundada: ao invés de se concentrar na alteração de estados, esse padrão analisa “milhões de transferências de dados por segundo”. Em termos resumidos, a medida é feita em um caráter mais próximo do tempo real, avaliando alterações no momento em que elas ocorrem.
Ok, mas por que a Microsoft decidiu fazer essa alteração agora? Bem, por causa do mercado: empresas globalmente reconhecidas que atuam na fabricação de chips de memória – Kingston, Corsair, Intel, Micron, entre outras – ou já adotaram o novo formato, ou estão em vias de adotá-lo, inclusive publicando páginas dedicadas com esclarecimentos em seus sites oficiais.
Não bastasse o mercado estar migrando para o novo padrão – o que se provaria um problema para a Microsoft caso ela ficasse dentro do “MHz” – o uso do “MT/s” como unidade de medida é simplesmente melhor, por ser mais minucioso em seu cálculo de uso de memória durante suas atividades com um PC.
Isso porque o uso de memória em MHz é próximo da realidade, mas traz um número aproximado e, à medida em que as aplicações vão ganhando novos e mais pesados recursos, uma métrica mais incisiva pode se fazer necessária.
Se você quiser entender mais sobre memórias, o TudoCelular montou um guia com todas as informações necessárias, incluindo como escolher o melhor chip para o seu computador.
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