06 Janeiro 2015
No final de novembro, a Sony Pictures sofreu um ataque hacker onde informações privilegiadas da empresa foram roubadas dos computadores locais, totalizando cerca de 100 terabytes de arquivos roubados. No início, a empresa não fazia ideia de quem poderia estar por trás do ataque, mas seguindo a lógica da trama do filme "A Entrevista", a Coreia do Norte passou a ser a principal suspeita do ciberataque.
No filme, Seth Roger e James Franco interpretam a vida de dois jornalistas que são recrutados pela CIA para cumprir uma tarefa "simples": matar o líder norte-coreano Kim Jong-un. O país e simpatizantes costumam ser muito tradicionais e esse tipo de "brincadeira" acaba sendo mal interpretada pelos militantes, o que pode ter sido o principal motivo do ciberataque que já causou prejuízos de cerca de US$ 200 milhões à empresa.
A parte "cômica" deste episódio que vem acontecendo com a Sony são as acusações e a tentativa de encontrar um mandante ou responsável direto no caso. O próprio FBI afirmou, inicialmente, que a Coreia do Norte não era responsável pelo ciberataque, mas logo em seguida confirmou a participação do país.
O presidente dos EUA, Barack Obama, revelou que os ataques não ficarão impunes e disse aos cidadãos que eles "deveriam ir aos cinemas" para ver a estreia de "A Entrevista".
Além de roubarem e divulgarem o primeiro roteiro do próximo filme de James Bond, "Spectre", os hackers revelaram na internet uma lista com 20 nomes de filmes que deverão ser lançados em 2016 e 2017, sendo que boa parte deles já foram praticamente confirmados e alguns outros ainda não. Além disso, eles prometeram uma "surpresa de Natal" se a empresa não cancelasse o lançamento do filme. A Sony até pensou em não cancelar, no entanto, a decisão mais sensata da diretoria foi cancelar a premier do filme em Nova York e deixar nas mãos dos teatros e salas de cinema a decisão de exibi-lo ou não.
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Mas, logo após a declaração do presidente Obama, a Coreia do Norte ameaçou os EUA com uma guerra, dizendo que a ameaça do presidente não é compatível com a retaliação que a Coreia vem planejando. Ainda não sabemos se esta foi uma medida tomada pelo governo americano, mas a Coreia do Norte ficou nove horas sem internet e muitos acreditam ser o início de uma retaliação americana.
Ainda faltam alguns capítulos até que essa "novela" se encerre, mas a Sony ainda vem buscando maneiras legais de distribuir o seu filme antes do natal e que não deixem os hackers novamente irritados. À primeira vista, a Sony pode ter buscado ajuda com o Crackle, onde boa parte de filmes e séries de TV vão parar quando ficam defasadas. Mas claro, disponibilizar um filme que é lançamento geraria um grande volume de downloads, causando problemas no tráfego. Outra tentativa foi com a Dish Network, que decidiu não chegar perto do filme para não sofrer consequências.
Fiquem ligados no TudoCelular, pois assim que novas informações forem divulgadas à respeito do caso, continuaremos na cobertura para avisá-los.
Curiosidade: Macs, iPhones e iPads foram os únicos dispositivos que os hackers não conseguiram afetar.
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