28 Abril 2016
A operadora de telefonia Vivo pode criar planos com franquia limitada de internet fixa em um ou dois anos, afirmou o presidente da companhia Amos Genish.
A declaração foi realizada em um fórum de empresários na última segunda-feira (19). Como justificativa para essa postura, o executivo disse que 4% da base de usuários da Vivo no país consomem 25% da capacidade estrutural da empresa, enquanto outros 20% consomem apenas 5%.
"É injusto que pessoas que usem pouco paguem o mesmo que as pessoas que usem muito", disse Genish durante evento. De acordo com ele, caso a cobrança fosse feita de acordo com o consumo, não seria necessário que houvesse uma valor médio para todos. "Franquias podem ajudar a quem não tem condições de pagar o preço médio (pela banda larga)", completou.
O chefe da Vivo disse ainda que, atualmente, a Vivo não possui nenhum plano com franquia (provavelmente se referindo aos planos que utilizam a tecnologia de cabos em fibra ótica, e não o antigo Speedy). Mas que esse modelo pode ser insustentável no futuro, já que “cada megabyte enviado para fora do Brasil é pago em dólar”, segundo Genish.
Reação dos internautas
As informações da Vivo chegam após uma série de ações tomadas pelos internautas e por entidades de defesa do consumidor. Um abaixo-assinado, por exemplo, reuniu mais de 1 milhão de assinaturas. A operadora Vivo passou ainda a ser boicotada nas redes sociais.
A Anatel, inclusive, já se posicionou sobre o caso. A agência bloqueou a utilização de franquias até que suas exigências sejam atendidas.
Além disso, um novo projeto de lei poderá impedir que qualquer adoção de franquias entre em vigor no Brasil. A iniciativa parte do Portal e-Cidadania, que inicia projetos populares muito diferentes das petições tradicionais, sendo levado diretamente para senadores quando atingir uma quantidade expressiva de assinaturas dos brasileiros
A Proteste, organização que sempre luta pelos direitos dos consumidores, alega que amudança é ilegal e não trará benefícios para o usuário. Além disso, ela também criou uma petição online para analisar a opinião dos usuários sobre o assunto.
Outra iniciativa contra a imposição dos limites surgiu no Facebook e Twitter. A página Movimento Internet sem Limites divulga informações e tenta avisar aos internautas o que está acontecendo. Com apenas alguns dias de existência, a página já possui mais de 370 mil curtidas no Facebook.
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