23 Junho 2016
Embora as franquias de banda larga estejam causando polêmica no Brasil, elas são realidade faz tempo nos EUA. Porém, as vantagens oferecidas pelas operadoras do país norte-americano são bem diferentes: em alguns casos, de três a 10 vezes mais gigabytes para consumir por mês.
Na AT&T, uma das operadoras americanas mais tradicionais, o plano básico de 3 MB/s de velocidade oferece 250 GB para gastar no mês, oito vezes mais do que o plano equivalente da NET e cinco vezes mais do que o plano de 4 MB/s oferecido pela Vivo. Na verdade, a franquia mínima nos EUA supera até a assinatura mais cara da NET, com limite de 200 GB; e um dos mais caros da Vivo - o plano de 200 MB/s tem cota de 220 GB mensais.
O método de cobrança no Tio Sam também é diferente. Ao contrário de cortar ou diminuir a velocidade da internet, operadoras mantêm a conexão e cobram o excedente automaticamente no fim do mês, como uma conta telefônica. Na AT&T, o plano mais simples custa US$ 30 por mês, com US$ 10 a cada 50 GB de dados adicionais - desembolsando US$ 50 (R$ 177) é possível gastar 50 GB a mais do que no plano de R$ 199 da Vivo.
Vale lembrar que a Anatel já afirmou que impedir a limitação de internet no país poderá torná-la ainda mais cara, em uma posição contrária ao Ministério das Comunicações e à OAB.
Outros países
Na Coreia do Sul, país com a conexão mais rápida do mundo, não há imitação no consumo de banda larga fixa e a velocidade pode passar de 10 gbps, muito mais do que qualquer operadora brasileira pode oferecer. Já na Irlanda, o mercado tem uma oferta muito grande de operadoras, com assinaturas que vão de franquias com apenas 3 GB a planos completamente ilimitados.
Na vizinha Argentina, a realidade é a mesma do Brasil há um ano: algumas operadoras já vendem planos com tráfego limitado, mas não monitoram efetivamente o excedente, nem cobram ou cortam a conexão ao fim do pacote contratado.
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