Android 06 Dez
Nos últimos meses o Facebook protagonizou alguns episódios (1, 2) que deixaram "suja" a imagem da empresa em relação ao cuidado que eles tem com a privacidade dos dados.
Um documento de 250 páginas recém-publicado pelo Parlamento do Reino Unido sugeriu que a rede social de Mark Zuckerberg não parece se importar tanto com a segurança dos dados e como os consegue.
No texto fica claro já na primeira página que o Facebook sabia que poderia ser perigoso ter acesso ao registro de chamadas e mensagens de texto de dispositivos Android sem permissão dos usuários – mas a empresa o fez, mesmo assim.
O antigo Gerente de Produto do Facebook, Michael LeBeau, avisou à equipe que a atualização que acessava esse tipo de informações poderia acabar gerando uma péssima impressão do Facebook para a mídia.
Yul Kwon, outro executivo, falou que a equipe de Zuckerberg encontrou um meio de obter os registros sem precisar pedir permissão aos usuários.
O Facebook negou que tenha tido acesso a esse tipo de informação sem as permissões necessárias – mas o documento entrega que a intenção original não era pedir permissão.
Um porta-voz da empresa comunicou ao site Motherboard que os documentos mostram "informações incorretas e fora de contexto", ou seja, claramente a empresa está tentando se isentar de qualquer tipo de culpa.
O CEO do Facebook escreveu uma carta de desculpas, porém, nela não mencionou sequer esse incidente – o que deixou a situação ainda pior para a empresa aos olhos da mídia:
Além desses problemas, a companhia enfrenta inúmeros problemas internos, e investidores até exigiram que Mark Zuckerberg renunciasse ao cargo de CEO.
Não sabemos o que o futuro reserva para o Facebook, mas talvez esteja na hora da empresa começar a se repaginar – bom, isso funcionou com o Uber, então, pode ser que dê certo para uma das maiores redes sociais do mundo também.
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