Segurança 25 Jan
O TudoCelular está com o Mi A2, modelo com Android One da Xiaomi, na bancada. E, como o dispositivo já recebeu a atualização para o Android Pie, fizemos todos os testes já com a mais recente versão do sistema operacional nesse dispositivo.
Fizemos o de sempre: a tradicional simulação em tempo real, o teste de abertura de aplicativos, benchmakrs e jogos. Antes dos resultados, vamos repassar as principais características do modelo, que conta com tela de 5,99", plataforma Snapdragon 660 e bateria de 3.010mAh.
Caso você ainda não tenha conseguido atualizar o seu Mi A2 para o Android Pie, fizemos um tutorial que, esperamos, vai te ajudar.
Nosso teste padronizado é realizado da mesma maneira em todos os dispositivos que passam por nossa bancada. Temos uma lista de aplicativos que englobam a maior parte dos tipos de uso de um smartphone no dia a dia. Cada um tem um tempo de uso cronometrado em cada ciclo, e cada ciclo é realizado com um intervalo de aproximadamente meia hora entre um e outro.
Eis os apps e tempos de uso:
- 6 minutos de uso (cada) - WhatsApp, Youtube, MX Player, Spotify, PowerAmp (música offline) e Chrome;
- 1 minuto (cada) - Pokémon Go, Asphalt 8, Subway Surfers, Candy Crush, Modern Combat 5 e Injustice;
- 4 minutos de chamadas em 3G/4G;
- 2 minutos de uso (cada) - Facebook, Gmail e GMap
E, após meio dia de testes com o Mi A2, chegamos aos seguintes resultados:
- Foram necessárias 10 horas e 49 minutos para a bateria de 3.010mAh esgotar totalmente.
- A tela permaneceu ligada por 06 horas e 40 minutos.
- Realizamos 8 ciclos incompletos de testes, incluindo:
- 48 minutos de navegação no Chrome;
- 240 minutos de WhatsApp, Spotify, PowerAmp, MX Player e YouTube (48 minutos cada);
- 42 minutos de jogos (Pokémon Go, Subway Surfers, Candy Crush, Injustice, Modern Combat 5 e Asphalt 8);
- 42 minutos de Facebook, Gmail e Google Maps (14 minutos cada);
- 28 minutos de chamadas de voz via 3G/4G;
- O app que mais consumiu foi o YouTube;
- O app que menos consumiu foi o Telefone;
- A temperatura ficou entre 26° e 36°C.
Foram menos de 11 horas, resultado bastante desanimador. O Google garante que a autonomia no Android Pie - versão em que já testamos o Mi A2 - melhora com o tempo, mas não sentimos uma melhoria tão grande para dizer que esse modelo consegue aguentar um dia de uso moderado a pesado.
Os testes específicos reforçam o que vimos na simulação de uso real. Ao menos o tempo de recarga é bom: cronometramos cerca de uma hora e quarenta minutos para levar a bateria de zero até cem por cento com o carregador padrão do Mi A2, que tem o Quick Charge.
Aqui, mais uma vez, a gente vê a diferença que uma boa interface faz. Especialmente a MIUI, que é uma das melhores em consumo de bateria.
Agora o nosso tradicional teste de velocidade. Para quem não conhece, eis um resumo: são 12 aplicativos, abertos um atrás do outro, sempre esperando o carregamento completo para voltar à tela inicial e começar o carregamento do próximo. O processo é cronometrado no próprio aparelho.
O Mi A2 se mostrou um intermediário bastante veloz. Além de ter segurado todos os aplicativos abertos na segunda volta, o dispositivo ainda conseguiu o mesmo tempo que o Pixel 3 - 1min11s. E isso com um chipset um pouco menos potente que o top de linha usado no flagship do Google.
O Android One da Xiaomi também ficou empatado com o OnePlus 3T em nossos registros. Porém, há modelos com o mesmo Snapdragon 660 que testamos com tempo menor que o Mi A2, como o Mi Note 3 e o Zenfone 4.
Passamos as ferramentas de sempre de benchmarks, para quem gosta desses números mais frios. No AnTuTu, o Mi A2 teve ótima pontuação, ficando dentro da faixa esperada.
No GeekBench, no teste de múltiplos núcleos, o Android One da Xiaomi ficou em uma faixa próxima de outros aparelhos com hardware parecido, e rivalizou também com flagships de 2017.
O mesmo não aconteceu com a GPU, ainda abaixo desses modelos top de linha de dois anos atrás.
Por fim, no GFX Bench, confirmamos a leve desvantagem para os modelos top de linha de 2017 com resultados um pouco abaixo daqueles que levam o Snapdragon 835 em seu interior. Essa é, realmente, a faixa do Snapdragon 660 que tem dentro do Mi A2.
- AnTuTu
- 132.415 pontos
- GeekBench
- CPU: 1624 / 4613
- GPU: 5478
- GFX Bench
- Manhattan: 15 fps (935,2 quadros)
- T-Rex: 50 fps (2.798 quadros)
E para fechar a nossa rodada de testes, os jogos. Como esperado, o Mi A2 conseguiu rodar todos os títulos que testamos sem grandes problemas, e geralmente na taxa de quadros máxima ou perto disso.
Lembrando que fazemos essa medição com o auxílio da ferramenta Gamebench, que você pode aprender a instalar e configurar em um tutorial que fizemos. Link no card aí no topo da tela.
Para quem gosta de PUBG Mobile, conseguimos rodar em 30 fps com gráficos em alta definição, que é o máximo permitido pelo título nesse modelo.
Jogo | FPS | CPU | GPU | Memória |
Asphalt 8 | 28 | 5% | - | 444 MB |
Clash Royale | 59 | 3% | - | 347 MB |
Injustice 2 | 30 | 8% | - | 742 MB |
Modern Combat 5 | 54 | 24% | - | 456 MB |
PUBG Mobile | 30 | 10% | - | 820 MB |
Subway Surfers | 60 | 6% | - | 287 MB |
Vainglory | 55 | 5% | - | 633 MB |
O Mi A2 é um smartphone que não deixa a desejar aos flagships mais novos em matéria de desempenho das principais tarefas do dia a dia - até mesmo, como mostramos, o Pixel 3.
O problema é sua autonomia de bateria, que fica abaixo de alguns dos piores flagships em tempo de uso que testamos ao longo do ano passado.
É um aparelho barato, com atualizações rápidas por pertencer ao programa Android One. E é bem mais barato que um flagship. Se você não se incomoda de carregar o aparelho duas vezes ao dia ou se o seu uso é mais leve, é uma opção ótima a se considerar.
Em destaque
Transmissão encerrada!
Já atualizamos a pauta com o consolidado do teste e conclusão. Ainda está em andamento o teste de bateria do Motorola One aqui.
Morreu. Já íamos encerrar o teste aqui no Mi A2, que tinha 1% depois de metade do ciclo 8, e o aparelho desligou...
E com sete ciclos completos, a bateria já está em 10%. Veremos se o Mi A2 aguenta o oitavo ciclo completo.
Mi A2 teve a carga reduzida para 37% desde o fim do quinto ciclo. E com essa carga iniciamos o sexto.
Mais um período de standby que a bateria do Mi A2 cai bastante. Agora está em 50%, e iniciamos o quinto ciclo.
É, o Android Pie não parece ser um primor em autonomia. Já temos 78% de carga no Mi A2 com apenas dois ciclos completos.
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