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O que a pane de WhatsApp, Facebook e Instagram deixa de lição? | Detetive TC

05 de outubro de 2021 4

Nesta segunda-feira (4), o mundo enfrentou uma queda de três das principais redes sociais da atualidade – WhatsApp, Facebook e Instagram – e fez com que as pessoas procurassem alternativas de contato ou voltassem a usar recursos que praticamente haviam caído em desuso, como ligações telefônicas e mensagens SMS.

Mas o que exatamente aconteceu para ficar tanto tempo fora do ar e quais são as lições a se tirar disso para as plataformas e os usuários? O Detetive TC conta os detalhes a você nesta coluna.

O que aconteceu?

Desde o começo, as suspeitas dos problemas se direcionavam para os domínios das redes do Facebook. Para ser mais exato, a falha aconteceu nos protocolos BGP – Border Gateway Protocol.

Eles são responsáveis por dar um caminho às buscas por “facebook.com”, “instagram.com” e “whatsapp.com” aos seus devidos destinos, com a resposta esperada em forma de acesso às páginas correspondentes a cada rede social.

Uma atualização mal configurada do BGP do Facebook resultou na queda dos serviços. De acordo com o cofundador e CPO da CySource, Shai Alfasi, é como ir a uma biblioteca encomendar um livro, mas não há mais um catálogo para indicar onde ele está, em meio às prateleiras.

“Imagine que você vai a uma biblioteca para encomendar um livro. Ao chegar lá, se depara com centenas de prateleiras e livros dos mais variados tamanhos, cores e temas. Você gentilmente se dirige à bibliotecária e pede por um livro específico. Ela, que obviamente não lembra onde se encontra cada um dos milhares de livros da biblioteca, abre o catálogo que descreve a localização exata do livro: sessão, fileira e prateleira. Mas, o que aconteceria caso o catálogo sumisse? O livro continuaria lá, porém estaria inacessível por falta de conhecimento de como acessá-lo.”


Shai Alfasi

Cofundador e CPO da CySource

A demora no reestabelecimento dos serviços teve dois grandes motivos. O primeiro é o fato de muitos dos funcionários estarem em trabalho remoto. O segundo se trata na dificuldade de as equipes presenciais acessarem as ferramentas internas, uma vez que elas estavam vinculadas aos domínios da empresa – os quais seguiam inacessíveis.

Facebook se explica

Em sua nota oficial, o Facebook chegou a explicar que o problema impactou nas configurações dos roteadores de backbone, os quais são os responsáveis pela organização do tráfego de rede.

A falha parou a comunicação entre as centrais de dados e criou um “efeito cascada” entre os data centers. Assim, os serviços pararam. O fundador Mark Zuckerberg chegou a pedir desculpas em seu perfil oficial pelo ocorrido.

Necessidade de alternativas

Ao longo da última década, os internautas se acostumaram a usar os serviços do Facebook como as únicas formas de contato social, seja com amigos, familiares ou colegas de trabalho. As ferramentas que a empresa oferece se tornaram essenciais na interação humana e, muitas vezes, sem concorrentes à altura.

Com a pane em WhatsApp, Facebook e Instagram, as pessoas que não possuem alternativas a eles ficaram sem saber o que fazer. Esse é um problema que gerou uma acomodação com o passar do tempo e mudou o curso das formas de comunicação.

Funcionalidades como ligações telefônicas e mensagens SMS, que quase nunca falham, ficaram escanteadas e passam despercebidas pelos usuários. Além disso, alternativas como Telegram, Signal, Skype e Google Chat não possuem a popularidade suficiente para que sejam os substitutos imediatos em uma situação de emergência.

Isso é algo para se mudar. Ter alternativas de comunicação não significa fragmentar seus contatos, mas sim manter um espectro maior de ser contatado do que se achar por dentro da modernidade apenas ao depender do mais popular – o que mostra ser completamente ineficaz em momentos como o desta segunda-feira.

Prejuízo no trabalho

Outro ponto – e talvez o mais grave do problema que ocorreu neste começo de semana – é o prejuízo gerado para o trabalhador que depende desses meios de comunicação para ganhar o seu “pão de cada dia”.

Por mais que Mark Zuckerberg tenha perdido cerca de US$ 6 bilhões com a queda de quase 5% das ações do Facebook na Bolsa dos EUA, os impactos são mais pesados e relevantes na ponta, por quem apenas usa a ferramenta e não tem nada a ver com a história.

Segundo o especialista em Direito do Consumidor, Marco Antonio Araujo Junior, os usuários poderão pedir indenização por prejuízos materiais ocorridos em razão da interrupção na prestação de serviços.

“Há muito tempo o WhatsApp deixou de ser uma simples ferramenta de comunicação e passou a ser um serviço, com remuneração indireta, colocado no mercado de consumo. Pessoas e empresas que utilizam a plataforma como instrumento de trabalho ficaram impedidas de realizar suas atividades e podem ter tido prejuízos financeiros em razão disso. Se comprovados, o Judiciário pode condenar a empresa em indenizar os usuários.”


Marco Antonio Araujo Junior

Advogado especialista em Direito do Consumidor na Era Digital

Retorno das redes: o que muda?

O incidente deve servir como alerta a todos os lados da história. Por parte do Facebook, o “sinal amarelo” acende como uma forma de reforçar seus servidores e não permitir que um problema assim volte a ocorrer. A imagem da companhia já foi afetada ao longo do tempo por problemas de segurança e outras questões, e agora com esta falha técnica, os prejuízos aconteceram de maneira acentuada.

Do outro lado, está o usuário comum, que passou por uma experiência na qual precisou se virar de maneira forçada para restabelecer sua conexão com o mundo. É de responsabilidade deste lado criar alternativas que deixem de concentrar a dependência da comunicação mundial nas mãos de três plataformas sob o mesmo “guarda-chuva”.

E aí, como você se virou durante a pane das redes sociais ocorrida nesta segunda-feira (4)? Diga para a gente no espaço abaixo.


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