O iPhone 12 é o modelo principal de uma das séries de maior sucesso da Apple. O celular, ao lado das variantes Pro e Pro Max, são mais longevos e tiveram um impacto expressivo na receita do mercado de smartphones com 5G.

Voltando ao laboratório de testes do DxOMark, o celular que já passou por análises de câmera, áudio e selfies também foi detalhado em uma série de experimentos com sua tela. Os resultados foram publicados nesta sexta-feira (20).

O iPhone 12 conta com uma tela OLED de 6,1 polegadas com resolução de 2.532 x 1.170 pixels — resultando em uma tela nítida de 460 ppi — distribuída na proporção esticada de 19,5:9 e a polêmica taxa de atualização de 60 Hz.

Esse display obteve uma pontuação geral de 85, superando modelos rivais como o ROG Phone 5 e Zenfone 8 da ASUS, além de estar acima do iPhone 11 Pro Max, com 84 pontos.

O portal francês destaca que o iPhone 12 tem brilho e contraste bem gerenciados na reprodução de vídeos em todas as condições testadas, proporcionando uma “agradável experiência de visualização”, segundo os engenheiros. Além disso, os bons detalhes produzidos pela tela compõem uma vantagem para o público gamer.

Em contrapartida, há uma característica renderização incorreta de tons amarelados em todos os ambientes. O filtro de luz azul, quando ativado, decepciona ao interferir expressivamente no brilho e renderização de cores. Ainda, os especialistas citam que há carência de suavidade ao navegar devido à frequência limitada de 60 Hz.

Nas amostras abaixo, é fácil notar que o modelo não leva vantagem em comparação a rivais como o Xiaomi Mi 11 e o mais avançado Galaxy S21 Ultra — um concorrente mais justo do sul-coreano seria o iPhone 12 Pro Max, embora também não seja páreo para a tela Dynamic AMOLED 2X da Samsung.

Embora seja eficaz ao atenuar a emissão de luz azul, o iPhone 12 cria um molde laranja muito forte e escuro, o que pode incomodar durante a leitura. Veja na imagem abaixo:

O celular, contrariando todos os outros casos de uso, recebeu boas notas para o brilho ao visualizar conteúdo em HDR10. Os especialistas atribuem uma qualidade “bastante satisfatória” para esse quesito, citando que os detalhes escuros foram bem preservados, embora os tons de pele sejam afetados pelos tons amarelados.

Na amostra abaixo, por outro lado, é possível observar que o iPhone 12 não produziu muito contraste em tons médios nas reproduções em HDR10. O desvio para tons laranjas e amarelos leva a uma renderização “um tanto infiel” de cores.

O famigerado entalhe é dado como um entrave para que obtivesse notas maiores em termos de visualização, mas os “toques acidentais” foram bem administrados pela tela do iPhone 12. Nenhuma falha foi vista durante seu uso a 24, 30 ou 60 FPS.

Além disso, os engenheiros avaliam que o dispositivo renderiza linhas retas muito bem, o que significa que os “efeitos de degrau” não sejam um problema para os gamers, chegando perto do Huawei P50 Pro, líder do ranking de telas do DxOMark. Veja abaixo:

Em conclusão, o DxOMark afirma que o iPhone 12 “continua a tradição da Apple de fornecer uma experiência satisfatória ao usuário”, implementando excelente qualidade de reprodução em HDR10, consistência de tons em geral e boas transições de luz. O nível de detalhes que sua alta densidade de pixels propõe é outra grande vantagem.

Apesar dos pesares — incluindo o brilho prejudicado ao filtrar a luz azul e a típica exibição amarelada nos dispositivos da Apple — o modelo ainda é uma das melhores opções do segmento, dominando a segunda pontuação mais alta do ranking premium.