A Intel confirmou que o Microsoft Copilot, assistente de inteligência artificial do Windows, passará a funcionar localmente em dispositivos em breve. Isso significa que os usuários de computadores equipados com o hardware compatível não precisarão de uma conexão com a internet para acessar as funções inteligentes do “sucessor” da Cortana.

As informações foram reveladas durante o evento AI Summit da Intel, realizado na terça-feira (26). Na ocasião, a empresa revelou quais são os requisitos da Microsoft para um “PC de IA” — conceito que ganhou atenção após o lançamento de chips para desktops e notebooks com coprocessador dedicado às tarefas baseadas em inteligência artificial.

De acordo com a Intel, os requisitos da Microsoft para um PC de IA exigem as novas gerações de hardware com processador neural (NPU) integrado. Além disso, é necessário que o computador tenha o Microsoft Copilot, bem como seu atalho dedicado no teclado.

Processadores como o Intel Core Ultra, AMD Ryzen 7040 e 8000, Snapdragon X Elite já possuem NPU integrada, contudo, somente a nova plataforma da Qualcomm — que ainda não está disponível no mercado — será capaz de entregar o desempenho exigido pela Microsoft para rodar as tarefas de inteligência artificial do Copilot.

Os representantes da empresa afirmaram que será necessário que a NPU dos processadores ofereçam, pelo menos, 40 TOPS (trilhões de operações por segundo). A Intel mencionou que há um “produto de próxima geração” chegando que se enquadrará nesse requisito de desempenho. Todd Lewellen, vice-presidente do CCG da Intel, disse:

Mas, ao seu ponto, haverá uma evolução, onde então iremos para o PC de IA de próxima geração com um requisito de 40 TOPS na NPU. Temos nosso produto de próxima geração que está chegando e que estará nessa categoria.

Essa é uma possível menção aos processadores das gerações “Arrow Lake” para desktops e “Lunar Lake” para notebooks que chegarão no segundo semestre de 2024.

“À medida que formos para a próxima geração, será possível executar mais coisas localmente, assim como eles executarão o Copilot com mais elementos rodando no PC. Isso pode não significar que tudo no Copilot está rodando localmente, mas você terá muitos recursos importantes que aparecerão funcionando na NPU”, disse Lewellen.

O executivo revelou também que a Microsoft exigirá que os processadores tenham NPU integrada para liberar os recursos de CPU e GPU. Com uma unidade de processamento otimizada e dedicada, os notebooks terão melhor eficiência de energia, e portanto, não sofrerão impacto na duração de bateria devido ao Copilot.

O PC de IA deve se tornar um produto cada vez mais presente no mercado a partir de 2024, especialmente à luz de importantes avanços da indústria de hardware, incluindo o lançamento de próximas gerações de processadores da Intel, AMD e Qualcomm.