Economia e mercado 19 Out
2020 é o ano em que o primeiro leilão do 5G brasileiro deverá acontecer. As expectativas são altas à medida que o mercado internacional já conta com um portfólio de smartphones compatíveis com a tecnologia, e que não chegam por aqui pela indisponibilidade da nova tecnologia.
Na semana passada o conselheiro da Anatel Vicente Aquino encaminhou sugestão que estabelece um formato inédito para a distribuição das faixas a serem empregadas no 5G: haveria reserva exclusiva para as Prestadoras de Pequeno Porte (PPP) e novas players.
Assim, iriam para negócio as faixas de 700MHz, 2,3GHz, 3,5GHz e 26GHz, sendo que outra ideia do conselheiro seria misturar regiões de grande interesse com outras de baixo interesse pelas operadoras. O Brasil seria dividido em 14 lotes, e um deles poderia concentrar tanto São Paulo quanto a região Norte em uma política que vem sendo chamada de "filé com osso".
As PPPs disputariam uma faixa de 50MHz na frequência 3,5GHz, também no mesmo esquema de divisão.
O leilão quer ainda atrair investidores estrangeiros, e por conta disso há vontade da Anatel em transformar o edital em um PPI, Programa de Parcerias de Investimentos. Com isso, a configuração burocrática mudaria, permitindo a divulgação em eventos estrangeiros para chamar novos investidores a se aventurarem no nosso mercado.
Vale lembrar, o leilão estava previsto para o início de 2020, mas já foi postergado para o segundo semestre do próximo ano. Com a tentativa de mudança da sua classificação para uma PPI não é possível estimar como isso impactaria o novo cronograma.
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