Economia e mercado 15 Abr
Em parceria com a Ericsson e o Centro Universitário FEI, a Vivo Empresas comunicou na última quinta-feira (15) a criação do Centro de Soluções 5G, voltado para pesquisas e desenvolvimento das aplicações da rede de quinta geração no Brasil.
O polo tecnológico, sediado em São Bernardo do Campo (SP), onde está localizado o campus da universidade, contará com equipamentos fornecidos pela Ericsson e a rede 5G privativa da operadora — que deverá ser voltada para clientes corporativos — utilizando as taxas de frequência de 3,5 GHz em uma grande infraestrutura para a realização de ensaios voltados à aplicação da rede em diversos setores do país com a colaboração de diversos profissionais do ramo.
O Centro de Soluções 5G irá elaborar um ambiente interativo, onde alunos e profissionais do Centro Universitário FEI deverão ter acesso à tecnologia através de dispositivos compatíveis, contribuindo para resultados baseados em diversas experiências que, de acordo Diego Aguiar, chefe de inovação da Vivo Empresas, ampliarão o desempenho dos projetos da parceria.
O projeto será a base para a construção de um ecossistema mais amplo, com soluções que contemplam as novas demandas industriais, potencializadas por IoT (Internet das Coisas), Inteligência Artificial e Robótica, com foco no aumento de eficiência e produtividade.
Em comunicado, a empresa reforça o conceito de indústria 4.0, ou ainda, a Quarta Revolução Industrial propulsionada pelo 5G, que possibilitará a automação de serviços e utilidades cotidianas, uma grande abrangência da inteligência artificial e a ideia de cidades inteligentes, já abordada por especialistas. "Não se trata somente da implantação de uma nova tecnologia na instituição, mas de garantir que nossos profissionais do futuro estejam capacitados para desenvolver soluções originais para desafios inéditos que, como sociedade, ainda viremos a enfrentar", comentou Gustavo Donato, reitor do campus da FEI.
Ainda, pode-se citar o estudo 5G Business Potential, promovido pela Ericsson, que prevê a movimentação de R$ 7 bilhões da fatia de receita do ano de 2030 em investimentos que abrangerão os mais variados setores — desde companhias petrolíferas às indústrias de eletroeletrônicos — que serão destinados a aplicações de tecnologias com raízes da nova indústria, aproximando um futuro de setores inteligentes para a realidade brasileira, conforme Rogério Loripe, vice-presidente de negócios da Ericsson.
Estamos falando de um segmento que já conta com um alto nível de automatização, motivo pelo qual o avanço da tecnologia de aplicações em nuvem sobre o 5G permite que rapidamente novas arquiteturas inteligentes sejam implementadas, trazendo enormes ganhos de produtividade e flexibilidade com inovações de IoT.
Embora que um Brasil conectado com 5G seja alvo de previsões pessimistas, é importante observar que há atividade entre empresas de telefonia para que, além de levar redes de internet para áreas de pouca cobertura, a instalação da quinta geração de rede móvel seja uma realidade.
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