A diretoria da TIM confirmou que vai aumentar os preços dos planos pós-pago de telefonia móvel da operadora. A previsão da empresa é que o reajuste aconteça no segundo trimestre deste ano. A modalidade controle também deve ter elevação dos valores.

Além disso, os executivos da TIM anunciaram que os preços da modalidade pré-paga também devem ser reajustados, mas em momento posterior. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (7) em conferência com analistas.

"No segundo trimestre deste ano, vamos fazer um upgrade [atualização] no pós-pago para clientes novos e antigos. A decisão de não levar para o pré-pago é para ver a reação dos clientes e da concorrência, para depois tomar uma decisão final, mas queremos fazer um ajuste até o fim do ano”, disse o CEO da TIM Brasil, Alberto Griselli.

O executivo destacou que a empresa planeja repetir em 2024 o que foi feito em 2023, quando a operadora aumentou os preços dos planos móveis e essa medida contribuiu para a elevação da receita média por cliente (ARPU), com uma alta de 12,9%.

Griselli ainda indicou que o reajuste deve provocar um leve aumento real de preços, um pouco maior que a inflação. Vale destacar que a TIM registrou em 2023 uma baixa anual de 2% no número de clientes, mas reportou uma alta de 1,4% na base pós-paga.

O CEO da TIM Brasil ainda pontuou que uma das estratégias da marca para seguir crescendo e lucrando com o serviço móvel é se tornar mais atrativa para clientes com uma renda maior. A empresa vem firmando parcerias para “aumentar a percepção para clientes de alto valor”.

O que demonstra isso foi a inclusão do serviço Apple One, além da conectividade em voos da Gol e da Latam, roaming internacional e a campanha de test drive da tecnologia 5G. "Estamos buscando diferentes ângulos para marcar a nossa superioridade em qualidade”, disse.

Conforme apontou o site Tele.Síntese, ainda na mesma conferência, Griselli disse que a TIM vai revisar a inclusão de serviços OTTs em seus planos móveis, procurando substituí-los por benefícios que tenham menos impacto sobre as margens de lucro.

Vale citar que essas ofertas permitem usar aplicativos sem descontar da franquia contratada. O CEO destacou que esse tipo de benefício era vantajoso para a empresa quando o consumo de dados dessas plataformas era relativamente baixo.

“Nos últimos anos, as coisas mudaram. Todo mundo está oferecendo esse serviço e o cliente não percebe mais o valor. A nossa intenção é reduzir OTTs, mas de modo viável e aceitável pelo cliente", finalizou o CEO da TIM Brasil.

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