Segurança 07 Mai
No último final de semana, um caso assustador veio à luz graças a uma investigação de um consórcio de veículos de imprensa que descobriu uma lista de mais de 50 mil telefones pelo mundo que teriam sido alvos de espionagem de governos autoritários. O software Pegasus, um spyware desenvolvido pela empresa israelense NSO, foi usado por países como México, Hungria, Marrocos, Índia, ente outros, para monitorar jornalistas e opositores de diversos lugares.
Depois de a Amazon Web Services banir a criadora do aplicativo espião, têm surgido pedidos pelo aprimoramento da segurança nos smartphones para as fabricantes, com destaque para um relatório da Anistia Internacional, que aumentou a pressão sobre a Apple. Em um momento crítico como esses, a empresa deveria colaborar com outras gigantes da tecnologia para melhorar as proteções do iPhone.
O iMessage, app do iOS, é citado como o principal vetor de entrada do vírus, que conseguiria até se infiltrar no sistema por uma simples mensagem ou ligação, sem necessidade de uma falsa interação com o usuário.
No Twitter, Will Cathcart, diretor do WhatsApp, trouxe um elenco de nomes que trabalham juntos a favor de sistemas de criptografia ponta a ponta e projetos relacionados a direitos humanos e segurança. A Apple não foi citada nesse rol.
This is a wake up call for security on the internet. The mobile phone is the primary computer for billions of people. Governments and companies must do everything they can to make it as secure as possible. Our security and freedom depend on it.
— Will Cathcart (@wcathcart) July 18, 2021
Com isso, a empresa passa a receber mais atenção sobre esse aspecto, somadas às reclamações comuns de barreiras no trabalho de desenvolvedores ligados ao iOS e de reclamações de brechas no sistema.
Em resposta, a Apple disse colaborar constantemente para aprimorar a segurança dos dispositivos, além de estender milhões em recompensas todos os anos a quem encontrar brechas, reafirmando que tem o software mais seguro do mercado.
Já o grupo NSO tentou se defender afirmando que o seu software deveria ser usado apenas em situações de combate ao terrorismo e crime organizado, e alegando que informações do relatório da Anistia Internacional eram equivocados.
Assim como muitas coisas do mundo moderno, o mal não está na tecnologia, mas na maneira como ela é usada. E você, que atitude espera das empresas do ramo?
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