Tech 27 Dez
Se você é fã de Star Wars, deve lembrar do Replicator, o equipamento capaz de materializar qualquer objeto inanimado. Inspirados na máquina, cientistas da Universidade da California criaram uma impressora 3D que cria um objeto inteiro de uma única vez, em vez de montá-lo por camadas.
O dispositivo não poderia ter outro nome. Os pesquisadores batizaram a máquina como The Replicator. A impressora transforma materiais gelatinosos em objetos tridimensionais maciços e foi descrita na revista Science no dia 31 de janeiro.
Segundo Hayden Taylor, engenheiro elétrico da Universidade da Califórnia, em Berkeley, o equipamento funciona como uma tomografia computadorizada ao contrário.
Nas máquinas de tomografia computadorizada, um tubo de raios X gira em torno do paciente, tirando várias imagens das entranhas do corpo. Então, um computador usa as projeções para reconstruir uma imagem 3D. Contudo, a equipe percebeu que o processo poderia ser revertido: dado um modelo computacional de um objeto 3D, os pesquisadores calcularam o aspecto de muitos ângulos diferentes e, em seguida, inseriram as imagens 2D resultantes em um projetor de slides comum.
O projetor projetou as imagens em um recipiente cilíndrico preenchido com um tipo de resina sintética. À medida que o projetor percorria as imagens, que cobriam todos os 360 graus, o recipiente girava por um ângulo correspondente.
A duração do processo de exposição é de cerca de dois minutos para um objeto de poucos centímetros de diâmetro. A equipe recriou uma versão da escultura de Auguste Rodin, "The Thinker", com alguns centímetros de altura. O líquido restante é então removido, deixando para trás o objeto 3D sólido.
Veja abaixo o vídeo da impressora:
Para o engenheiro da universidade, o processo é mais flexível do que a impressão 3D convencional, permitindo ao Replicator criar objetos a partir de formas existentes. As estruturas resultantes também possuem superfícies mais lisas do que as que podem ser obtidas com impressoras 3D típicas, o que poderia ser útil para a fabricação de componentes ópticos.
Os cientistas sugerem que o método poderia ser usado para imprimir componentes médicos, como já descobriu um outro grupo de cientistas.
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