Tech 25 Abr
Diversas pesquisas de medicamentos e vacinas têm sido feitas nos últimos dias para se encontrar um tratamento ou prevenção eficaz no combate ao novo coronavírus. Ontem, 02 de junho, nós vimos que uma vacina desenvolvida na Inglaterra passou para a terceira fase de testes na universidade de Oxford.
Já para o tratamento da doença com infectados, o governo da Rússia aprovou o uso de uma medicação, conhecida como Avigan, que começará a ser administrada nos pacientes a partir do dia 11 desse mês.
Agora, outra droga que começará a ser testada em humanos é o Ibuprofeno. Um grupo de cientistas do Reino Unido iniciou um estudo para verificar se a droga pode prevenir e até reduzir quadros de COVID-19 em pacientes com problemas respiratórios graves.
Vale ressaltar que o medicamento que será testado não se trata da formulação padrão do anti-inflamatório encontrado nas farmácias, mas sim de uma formulação especial criada especificamente para a pesquisa e tratamento dos pacientes com COVID-19. Portanto é válido frisar a importância de não correr para as farmácias em busca do fármaco para esse fim.
Identificado pelos cientistas como “Liberate”, o estudo será ministrado por especialistas do hospital Guy's and St Thomas, da universidade King's College e da farmacêutica SEEK Group. Na pesquisa, metade dos pacientes receberão o tratamento com o Ibuprofeno padrão, enquanto a outra metade receberá o medicamento padrão em combinação com sua formulação especial.
Segundo Mitul Mehta, professor e diretor do Centro de Inovação Terapêutica do King’s College London, o grupo espera, com esse tratamento, obter vários benefícios para o paciente ao reduzir os sintomas já na primeira fase. “Poderíamos diminuir o grau de desconforto respiratório do paciente para que possa ser tratado no ambiente hospitalar, sem a necessidade de ir à UTI. E também reduzir o tempo de internação”, afirmou.
Os testes com a medicação já foram feitos em animais com síndrome do desconforto respiratório agudo – um sintoma da doença causada pelo novo coronavírus – e o estudo mostrou que os animais que receberam essa formulação tiveram uma taxa de sobrevivência de 80%, enquanto os que não receberam tiveram a mesma porcentagem na taxa de mortalidade.
No início da pandemia o Ibuprofeno foi alvo de diversas controvérsias, com autoridades dizendo que o medicamento poderia ser prejudicial em quadros de COVID-19. O ministro da Saúde da França chegou a afirmar que o medicamento podia agravar os sintomas da infecção.
No entanto, após isso, a Organização Mundial da Saúde publicou um estudo que provava que os medicamentos anti-inflamatórios não esteróides, como o ibuprofeno, por exemplo, não traziam riscos aos infectados pelo coronavírus.
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