Segurança 25 Jun
De acordo com o Imperial College, universidade britânica referência mundial em projeções sobre a pandemia de coronavírus, o Brasil voltou a registrar na última quarta-feira (24), após três semanas de queda, um aumento no crescimento da transmissão da Covid-19.
Houve, de fato, uma desaceleração no contágio por três semanas, porém nas últimas nove o Brasil apresenta uma alta taxa Rt, que indica para quantas outras pessoas um indivíduo transmite o vírus.
Na semana passada a taxa apontava para 1,05 – ou seja, cada 100 pessoas transmitiam o vírus para outras 105, e assim por diante – e esse número subiu para 1,06 nesta semana. Taxas de Rt acima de 1 significam que a transmissão do vírus está fora do controle.
Fora o Brasil, apenas a Colômbia não registrou queda na transmissão na América do Sul. Por lá, o número aumentou de 1,1 na semana passada para 1,36 nesta semana. Nos outro quatro países sulamericanos que o Imperial College monitora, os dados caíram no mesmo período: Argentina, de 1,29 para 1,2; Chile, de 1,2 para 1,08; Bolívia, de 1,36 para 1,07 e Peru, de 1,36 para 1,02.
A universidade estima ainda que o total de casos acumulados no Brasil seja três vezes maior do que o registrados oficialmente. Assim, o país acumularia mais de três milhões de infectados. Para chegar a esse número, os pesquisadores calcularam o número total de mortes confirmadas (52.645 até a última terça-feira (23), e sob o qual acredita que haja menos subnotificação.
Assim, a premissa é que os óbitos equivalem a 1,38% dos casos registrados 14 dias antes do cálculo. Assim, o total seria de aproximadamente 3,8 milhões de infectados. O país é ainda aquele com o maior número de mortes entre os 52 que o Imperial College monitora nesta semana, seguido pelo México, com 4420 óbitos.
Comentários