Cientistas da Escola Internacional de Estudos Avançados, na Itália, em conjunto com pesquisadores da Universidade da Califórnia divulgaram recentemente novo estudo que revela que a água presente no interior de Urano e Netuno é diferente da encontrada na Terra. De acordo com a análise, as moléculas presentes nos planetas gasosos contam com elevada condutividade de calor e eletricidade, estando em um estado conhecido por super iônico.

A água só adquire esse estado quando se encontra em condições extremas de temperatura e pressão, o que pode revelar maiores detalhes sobre os planetas como um todo. “a condução térmica e elétrica dita a história de um planeta, como e quando ele foi formado, como ele esfriou. Portanto, é fundamental analisá-lo com as ferramentas adequadas, como a que desenvolvemos”, afirmaram os pesquisadores.

Diante dos resultados, os cientistas pretendem aprofundar os estudos, dessa vez partindo para a escala atômica, que deve permitir compreender então a composição, o campo magnético, a idade e evolução desses corpos. Outros detalhes interessantes inferidos pelo estudo incluem a possibilidade de que o núcleo de Urano pode estar congelado, o que justificaria sua baixa luminosidade, além da grande presença da água super iônica na maior parte das camadas de ambos os planetas.

Urano e Netuno não são os únicos temas de pesquisas presentes nos confins do Sistema Solar. Recentemente, astrônomos das universidade de Princeton e Harvard revelaram planos para buscar a comprovação de uma teoria que indica que o misterioso Planeta Nove pode na verdade se tratar de um buraco negro. Em se tratando de buracos negros, outro estudo recente também foi capaz de confirmar a existência das Squeezars, estrelas super velozes originalmente idealizadas em 2003 que enfim foram comprovadas.