A corrida em busca da vacina para a COVID-19 continua a passos largos, mas teve nesta semana duas novidades que infelizmente não são muito boas. O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta (21) que não irá concluir a aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac fechada pelo Ministério da Saúde com 24 estados brasileiros, enquanto a Anvisa confirmou a morte do primeiro brasileiro a fazer parte dos testes da vacina de Oxford.

Enquanto aguardamos por avanços nas vacinas, uma menina de 14 anos do Texas (EUA) pode ter encontrado um medicamento capaz de parar o avanço da COVID-19. Pela sua descoberta, Anika Chebrolu recebeu o prêmio de Melhor Jovem Cientista da América de 2020, organizado pela 3M Company em parceria com o Discovery Education.

Por meio de simulações de computador, Anika foi capaz de encontrar uma molécula que se conecta à proteína Spike, pela qual o vírus infecta e compreende o funcionamento de uma célula, impedindo assim que haja a contaminação. Conforme explicam especialistas, essa proteína é a chave no tratamento da COVID-19, sendo ela o alvo do sistema imunológico durante a infecção.

Curiosamente, a garota pretendia desenvolver seu projeto voltando-o para estudos da Gripe Espanhola. Diante da pandemia, no entanto, Anika e sua mentora mudaram os rumos da pesquisa para focar no Sars-CoV-2 e na COVID-19. A jovem garantiu que pretende trabalhar com outros cientistas para auxiliar no combate à doença.

"Pode parecer uma gota no oceano, mas ainda contribui para todos esses esforços. O modo como desenvolvo essa molécula com a ajuda de virologistas e especialistas em desenvolvimento de medicamentos determinará o sucesso desses esforços", disse. Além do reconhecimento, Anika e sua mentora receberam ainda US$25 mil como parte da premiação.