Tech 24 Mar
Como bem abordamos ao longo do tempo, a pandemia do coronavírus permitiu uma série de usos de tecnologias que ajudaram em diversas maneiras para combater a Covid-19 ou minimizar os seus efeitos.
Na área da saúde, por exemplo, as iniciativas permitirão desde consultas a distância até aplicações diretamente com os pacientes. Dentro dessas novidades, muitas deverão permanecer mesmo após o fim desta doença. O Detetive TC aborda algumas delas a seguir.
Desde março de 2020, esta coluna destaca como a telemedicina poderia ser uma aposta correta para o controle da pandemia. Dois anos depois, a prática se consolidou e mostrou que terá continuidade, mesmo depois da pandemia.
De acordo com o gerente de marketing para o setor de saúde da Zebra Technologies na América Latina, Andrés Ávila, o atendimento virtual é conveniente e pode ter qualidade no seu resultado.
“Embora a maioria das pessoas pense na telemedicina em um contexto em que o paciente está em casa, nos próximos anos veremos ela ser usada também dentro do próprio hospital, contribuindo para o monitoramento e o tratamento até mesmo dos internados.”
Andrés Ávila
Gerente de marketing para o setor de saúde da Zebra Technologies
No entanto, os métodos atuais de consultas a distância ainda deverão sofrer aperfeiçoamentos para o futuro, com a adesão de novos recursos. Para o especialista, a telemedicina irá incorporar comunicação, monitoramento de vídeo e aplicativos de Inteligência Artificial, para ficar mais completa.
Dentro dos hospitais, a pandemia exigiu a adesão de novas ferramentas tecnológicas, para otimizar as operações. Entre os exemplos, estão os sistemas de monitoramento remoto, como RFID (Identificação por radiofrequência), Bluetooth LE (baixa energia) e computação móvel.
Essas novidades possibilitam o rastreamento em tempo real com localização geográfica desde equipamentos, suprimentos e medicamentos, até pacientes e funcionários. Os médicos também conseguem conferir o histórico e a verificação dos sinais vitais do paciente, remédios receitados e pedidos de exames por meio dos dispositivos móveis.
“Essas soluções podem aumentar a eficiência operacional da equipe em até 97%, ajudando os provedores de assistência médica a não apenas melhorar a utilização de ativos e times, mas também a rastrear e controlar e possíveis infecções ou doenças contagiosas.”
Os smartphones clínicos com ferramentas empresariais também auxiliam na comunicação para equipes e sistemas de alertas móveis, o que traz uma contribuição para a gestão hospitalar. Dados da Zebra mostram que 70% dos erros médicos podem ser atribuídos a falhas de comunicação.
“Isso explica porque 9 em cada 10 tomadores de decisão em hospitais aumentarão os gastos com mobilidade clínica, ampliando o uso de dispositivos móveis com o objetivo de obter visibilidade em tempo real das informações, de verificar dados, de gerar comunicações mais claras e de aumentar a produtividade da força de trabalho.”
Outro ponto relevante está na proteção de dados. Ainda em âmbito hospitalar, a digitalização dos serviços no local gera um receio quanto à segurança das informações sensíveis dos pacientes.
Consequentemente, os estabelecimentos de saúde passaram a procurar por mais equipamentos especializados, que oferecem uma segurança mais robusta. Além disso, como conta Ávila, 42% dos hospitais planejam implementar o uso de computadores móveis para criptografar os dados.
No início das medidas de isolamento social, as pessoas precisaram trabalhar apenas de suas residências. Conforme houve a flexibilização das restrições, muitas empresas deixaram de atuar apenas no ambiente presencial e passaram a revezar expedientes físicos e a distância – no que ficou chamado de “trabalho híbrido”.
Este é mais outro caminho sem volta no pós-pandemia. Segundo uma pesquisa global da Microsoft sobre tendências de trabalho para 2022, divulgada em meados de março, 58% dos profissionais no Brasil querem mudar para o modelo híbrido ou remoto ao longo deste ano.
Já para cerca de 53% dos trabalhadores a nível global, a saúde e o bem-estar se tornaram uma prioridade acima do trabalho.
Outra mudança que deverá permanecer está na quantidade maior de serviços online, muitos dos quais antes eram possíveis apenas no âmbito presencial. A lista inclui emissão, renovação e regularização de documentos, como carteira de habilitação de motorista e título de eleitor, por exemplo.
Até mesmo o uso de versões virtuais desses documentos – como já abordamos em uma coluna anterior – deixa de ser um uso secundário e passa a servir como uma alternativa principal – uma vez que a versão física pode nem ser emitida.
E para você, qual tecnologia chegou para ficar durante a pandemia do novo coronavírus? Relate para a gente no espaço abaixo.
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