
31 Janeiro 2017
13 de abril de 2016 6
FBI foi capaz de ultrapassar a barreira de proteção criada pela Apple em um iPhone 5c, burlando o sistema de código de quatro dígitos para acessar as informações pessoais do smartphone utilizado pelos terroristas no ataque ao aeroporto de San Bernadino, Califórnia. Para isso, o Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos da América desembolsou a quantia de US$ 15.000 a uma empresa israelense para a prestação de serviços ao governo.
Pensava-se, inicialmente, se tratar da Cellbrite, uma das companhias mais famosas da região, porém não foi isto que aconteceu de verdade. De acordo com uma publicação no Washington Post, um grupo de hackers profissionais abordou o FBI e os contou sobre uma falha antiga no iPhone, fazendo um acordo para desbloqueá-lo pela quantia informada acima, traduzida para R$, usando a cotação atual do dólar como base de conversão.
Por meio dessa falha desconhecida identificada no iPhone pelo time de especialistas, FBI foi capaz de acessar as informações privadas do iPhone 5c sem precisar formatar a memória do aparelho celular. Após 10 tentativas erradas de descobrir o código usado para proteger o iGadget, uma ferramenta nativa apaga todas as informações salvas no espaço interno do modelo, servindo como a camada final de segurança ao usuário.
Ainda assim, o grupo teria construído um hardware em cargo de simular a validação do dono do eletrônico, mantendo os dados armazenados intactos. De fato, era essa opção de segurança que impedia o FBI de continuar tentando desbloquear o smartphone, pois o órgão governamental estava interessado em descobrir os contatos que passaram pelo telefone, buscando por mais responsáveis — até mesmo o líder — do ataque.
Sabendo da existência da ferramenta de 'autodestruição' do iPhone 5c, FBI pediu a ajuda da Apple, processando-a após Tim Cook ter abertamente recusado a proposta, mandando uma carta pública ao Departamento Federal de Investigações dos Estados Unidos. A grande Maçã alegou ter medo do código que burla a senha do iPhone caísse em mãos erradas depois de ajudar os EUA com o desbloqueio.
A gigante de Cupertino, ironicamente, ganhou a batalha judicial, mas perdeu a guerra, visto que a organização estadunidense obteve sucesso em acessar as informações do smartphone ligado aos terroristas. Acredita-se que o grupo de hackers conseguiu desativar a função que exclui todos os dados da memória do celular, podendo usar a força bruta, ou seja, a tentativa de diversas senhas por segundo, para encontrar a combinação configurada pelos criminosos. Embora tal brecha pareça existir apenas no iPhone 5c, abre um precedente sem tamanho na privacidade cibernética, e a história está longe de acabar.
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