Há alguns meses mencionamos que em uma parceria interessante, Apple e Google haviam desenvolvido um sistema capaz de rastrear os indivíduos que tiveram contato com pessoas infectadas com o coronavírus Covid-19.

A tecnologia, que já está disponível nas versões mais novas das plataformas Android e iOS, pode ser explorada por governos e autoridades de saúde em aplicativos, para auxiliar no controle da pandemia – porém, muitos países acabaram não aderindo a ela ainda, e entre eles está, é claro, o Brasil.

Em compensação, várias nações já começam a explorar o novo recurso através de aplicativos recém-desenvolvidos para tirar proveito da tecnologia, e um dos últimos a se unir à lista crescente foi a Itália. O país está testando o novo app em quatro diferentes regiões antes de disponibilizá-lo para o resto da nação.

Pier Luigi Lopalco, que dirige a unidade de emergência COVID-19 na região de Puglia, diz que o aplicativo, chamado “Immuni” ajudará as agências de saúde a descobrirem quem entrou em contato com alguém que foi infectado pelo vírus.

Immune usa o sistema de notificação à exposição das gigantes de Cupertino e Mountain View, que usa Bluetooth em vez do GPS para determinar se o dono de um smartphone passou pelo mesmo lugar de outra pessoa que havia se identificado como infectada.

O problema é que, apesar dos esforços do governo para tranquilizar as pessoas sobre a ausência de qualquer tipo de monitoramento de posição, reforçando que os dados são anônimos e que são sistematicamente apagados, pelo menos 24% das pessoas já afirmou que não vai instalar o app.

Ou seja, apenas 44% dos italianos afirmaram que provavelmente instalariam o Immuni, o que mostra que ainda há, de fato, uma preocupação muito grande em relação à privacidade. Esse pode também ser o motivo de muitos países e governos não terem explorado essa tão interessante novidade.