Samsung 22 Fev
Geralmente nessa época do ano executivos da Apple visitam a China para conferir se os parceiros comerciais da maçã estão dentro dos conformes em relação à fabricação dos novos modelos do iPhone, porém, devido ao surto de contaminação pelo coronavírus e todas as restrições aplicadas às viagens, até então essa visita ainda não aconteceu.
A informação foi compartilhada pelo portal Reuters e reitera como a nova ameaça viral acabou impactando diretamente diversos tipos de negociações.
A fabricação do iPhone geralmente começa no período do verão norte-americano (que inicia ao final do mês de junho), porém, devido ao grande problema envolvendo a saúde pública mundial, um atraso nos planos acabou se tornando inevitável.
Em contato com ex-empregados da maçã, Reuters publicou que algo muito ruim poderia acontecer se os executivos da maçã não conseguissem se reunir com seus parceiros comerciais, incluindo a Foxconn, para analisar o processo de fabricação do iPhone 12.
De acordo com informações vindas de fontes familiares ao processo de fabricação dos iPhones, o trabalho pesado geralmente é iniciado pouco tempo após o ano novo chinês, ou seja, geralmente em fevereiro a Apple já encontra-se nos estágios mais avançados de validação, com alguns empregados já tendo fabricado um pequeno número de unidades.
O atraso nesse ponto, segundo a Reuters, pode acabar atrapalhando no tempo que a maçã tem para finalizar os pedidos de diversos tipos de componentes para os aparelhos, bem como impactar no início da produção em massa.
Engenheiros da Apple e Foxconn começam a trabalhar em conjunto geralmente entre os meses de março e abril, configurando apropriadamente as linhas de produção e realizando testes, com os últimos ajustes sendo feitos durante esse período.
Esse processo é extremamente importante para garantir a qualidade dos produtos e é, segundo fontes ligadas à maçã, bastante complicado devido às inúmeras variáveis envolvidas.
Fornecedores de componentes afirmam estar em dia com a agenda, mas devido às inúmeras restrições por causa do coronavírus, o processo acaba ficando ainda mais complexo.
Muitas empresas chinesas dispensaram os empregados até março, com muitos deles trabalhando remotamente para evitar aglomerações em locais públicos ou fechados.
A Foxconn foi uma das muitas parceiras da Apple que suspendeu as atividades durante muitos dias em fevereiro, mas as fabricas já voltaram a funcionar, ainda que não estejam operando com toda sua capacidade devido à falta de mão-de-obra, restrições de viagem e também quarentenas.
Grande parte dos funcionários Senior da Foxconn estão trabalhando remotamente de Taipei e não retornaram ainda à China.
Economia e mercado 18 Fev
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A companhia aérea norte-americana United, geralmente a mais utilizada pela Apple, também encontra-se semi-paralisada, tendo suspendido vários voos para a China. A empresa só retomará as atividades naquela região em 24 de abril, quando volta a oferecer viagens para Beijing, Hong Kong, Xangai e Chengdu.
Além disso, pessoas que estão visitando a China passam por rigorosos testes ao retornar para os Estados Unidos, para se certificar de que não estão carregando consigo o coronavirus.
O cenário não é nada favorável para a Apple economicamente falando – a empresa já avisou aos investidores que não conseguirá atingir as metas de receita para o trimestre de março, por causa da escassez de componentes e também devido à suspensão do serviço de várias lojas na China.
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