Economia e mercado 19 Mai
A empresa taiwanesa TSMC é atualmente uma das maiores e mais avançadas fabricantes de chips do mundo, com um portfólio de clientes que inclui grandes nomes da indústria mobile como, por exemplo, Apple, Qualcomm, Huawei e muitos outros.
Segundo informações passadas pelos analistas da JPMorgan, ela deve se tornar a única e exclusiva fornecedora de processadores para a Apple em relação à linha iPhone 12, mostrando que a maçã fez um movimento contrário ao que havia feito em relação ao fornecimento de módulos de câmera, que foi distribuído entre três diferentes firmas.
Com planos de construir uma fabrica no Arizona (EUA) para produzir chips de 5 nanômetros, que deve ter a construção iniciada em 2021 e iniciar produção em massa em 2024, a TSMC ao mesmo tempo que estreia ainda mais sua relação com a Apple parece estar se preparando para perder um de seus grandes clientes.
Estamos falando da Huawei, e não se trata de uma escolha da TSMC ou da fabricante chinesa que lançou há pouco um novo intermediário sob sua sub-marca Honor – a decisão é derivada da guerra comercial envolvendo o governo dos Estados Unidos.
No início do ano passado o governo Trump baniu a Huawei de negociar com empresas americanas, esperando que a empresa se submetesse a diversas concessões e acabasse desistindo do mercado norte-americano, porém, isso não aconteceu.
O mais impressionante é que, de acordo com os dados, as vendas de smartphones da Huawei aumentaram ainda mais em 2019, batendo as 240 milhões de unidades (o que sugere que as desavenças envolvendo o governo dos EUA não tiveram tanto impacto assim).
Na terra do Tio Sam, o banimento da Huawei foi reforçado com concessões ainda mais rígidas, que impedem que qualquer fabricante de chips com fábricas no país forneça componentes ou tecnologia para a marca, a não ser que obtenham licenças especiais – é aí que a TSMC e sua vindoura fábrica vão acabar se prejudicando.
A taiwanesa tem sido responsável por fornecer diversos chips para os processadores Kirin da HiSilicon. Agora, com mais uma grande concessão nos EUA, vamos ver o que a Huawei vai fazer para não abandonar esse tão importante mercado.
Mediante esse cenário, a China já começa a investir pesado na SMIC (Semiconductor Manufacturing International) fabricante que deve ganhar evidência em todo o mundo, uma vez que ela será a principal parceira da Huawei na produção de chips, tendo dado início à produção do Kirin 710A de forma experimental.
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