Segurança 27 Fev
A Huawei enfrenta uma série de problemas com países ocidentais. Acusada pelo governo Trump de abrir backdoors para espionagem do governo chinês através de seus equipamentos 5G - e sempre negando as acusações -, foi banida por países como EUA, que liderou o movimento, Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Noruega.
E o governo Trump quer aproveitar o encontro com o presidente Jair Bolsonaro para alertá-lo para o perigo - nunca comprovado, vale ressaltar - oferecido pela gigante chinesa. De acordo com a Reuters, autoridades do país aconselharam os brasileiros presentes a "tomar cuidado" com a empresa no Brasil.
O alerta vem no momento em que a empresa se prepara para desembarcar com sua divisão de smartphones no país - o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações Marcos Pontes disse que a chegada da empresa dependeria apenas do presidente.
A Huawei já representa um importante papel nas telecomunicações brasileiras, fornecendo redes de internet, cabos, centros de dados e tecnologias de dados móveis. Os EUA argumentam que o 5G desenvolvido pela Huawei - que já está em fase de testes com a Vivo, mas ainda longe de chegar ao Brasil - pode ser usado para o governo socialista chinês espionar o Ocidente.
Uma autoridade brasileira sob condição de anonimato detalhou o teor da conversa à Reuters: “Eles tiveram toda uma série de diferentes reuniões aqui onde ouviram de nossos especialistas em segurança, questões de inteligência e outras áreas para entender as consequências dessas redes e o quão francamente perigosas, e como elas podem minar sua segurança internamente”.
Outra fonte, porém, disse que o Brasil não deve se interpor na disputa entre EUA e Huawei e não pretende impedir o trabalho da empresa em território nacional, também pedindo para não ser identificada. O ministro já havia se declarado favorável à empresa em outras ocasiões.
A viagem de Jair Bolsonaro aos EUA tem o objetivo de captar o apoio de Donald Trump para a entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No encontro, o presidente brasileiro anunciou o fim da exigência de visto para norte-americanos no Brasil, embora os EUA mantenham a exigência para cidadãos brasileiros. A benesse vale também para Canadá, Austrália e Japão.
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