Economia e mercado 28 Mar
A participação da Huawei no fornecimento de equipamentos 5G é alvo de discussões em diversos países ocidentais. A empresa foi acusada de abrir portas para espionagem do governo chinês e foi banida de alguns mercados, como EUA, que liderou o movimento, Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e Noruega. Porém, um aliado histórico dos norteamericanos resolveu adotar uma postura diferente em relação à empresa.
Isso porque a primeira-ministra britânica, Theresa May, autorizou a empresa a ajudar a construir partes “não centrais” da infraestrutura 5G do país, incluindo antenas e outros componentes da rede, apesar de seu centro de segurança cibernética não ter evoluído em questões críticas. As informações são do periódico The Telegraph.
A decisão foi tomada hoje (24) pelo Conselho de Segurança Nacional, presidido por May. Porém, a medida recebeu críticas de outros políticos locais que temem pela segurança, além de o fato da China ser governada pelo partido comunista, o que desagrada políticos mais conservadores. Eles creem que as supostas brechas dadas ao governo chinês tornem vulneráveis empresas, cidadãos e órgãos governamentais britânicos.
Vale destacar que, quando pressionada por diversos países, especialmente os Estados Unidos, a Huawei sempre negou as acusações de envolvimento com o governo chinês, com direito a duras críticas ao país. A empresa luta na justiça para provar que a proibição no país é inconstitucional.
O governo Trump tenta pressionar países aliados a não utilizarem os equipamentos da empresa chinesa. O secretário de Estado Mike Pompeo disse em fevereiro que caso algum país inserir a tecnologia da Huawei em seus sistemas críticos de informação, os EUA não mais compartilharão informações.
O Reino Unido faz parte da aliança de segurança Five Eyes, ao lado dos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, e três deles já concordaram em restringir a participação da empresa.
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