O Facebook é uma das redes sociais mais populares do mundo e, compartilhando sua base instalada com o Instagram, carrega a responsabilidade em manter um ambiente próximo de saudável ao seu público de diferentes faixas etárias. A Meta, empresa que responde pelas mídias de Mark Zuckerberg, definiu suas abordagens contra o assédio e bullying.

Na última terça-feira (09), a Meta reforçou suas medidas para enfrentar tal conteúdo no Facebook e Instagram. Para isso, a big tech conceitua esses abusos desde ameaças verbais até a “liberação de informações de identificação pessoal”.

É ressaltado que há uma diferença entre os perfis de figuras públicas e usuários particulares — as plataformas visam permitir discussões abertas sobre políticos e outros indivíduos de conhecimento geral. A Meta afirma que, embora permita mais frequentemente os comentários críticos às figuras públicas, ainda há limites definidos em seus padrões.

Além do controle humano, a companhia desenvolveu sistemas de inteligência artificial capazes de identificar conteúdo de bullying e assédio no Facebook e Instagram, embora essa tecnologia seja limitada devido à necessidade de interpretar o contexto das publicações.

Para isso, uma equipe de 15 mil analistas em todo o mundo é responsável por moderar o conteúdo difundido nas redes sociais e manter os pilares mencionados em seus Padrões de Comunidade — autenticidade, segurança, privacidade e dignidade.

A Meta cita métricas sobre a prevalência de bullying em suas redes sociais — segundo dados de uma análise sobre o último trimestre, 0,15% das publicações continham ofensas ou ameaças, isto é, 15 vezes a cada 10 mil visualizações. O Instagram é menos agressivo e manteve uma taxa entre 0,05% e 0,06%.

Em 2021, a inteligência artificial das plataformas foram capacitadas para identificar bullying/assédio, discurso de ódio e violência e incitação. Caso os alertas do sistema representem violações reais, os moderadores implementar abordagens como a remoção de contas, páginas, grupos e eventos ou limitar a difusão do conteúdo.

A ferramenta recebeu a atualização com recursos baseados em consultas com especialistas em direitos humanos, liberdade de expressão, grupos de segurança feminina, representantes da comunidade LGBTQIA+ e outras entidades, visando proteger os usuários das mais variadas formas de ofensa em seu contexto social.

Reconhecendo que nem todas as pessoas que estão sob os olhos do público optam por se tornar uma figura pública, e ainda podem ser alvo de intimidação e assédio, aumentamos as proteções para figuras públicas involuntárias, como defensores dos direitos humanos e jornalistas.

Meta

Para o Instagram, há recursos que permitem restringir a interação com agressores, como a opção de “Restringir no Instagram”, responsável por evitar que esses indivíduos vejam ou interajam o conteúdo da vítima de assédio sem que o agressor saiba — característica que diferencia essa opção do recurso de “Bloquear”.

Além disso, em abril, o Instagram passou a levar em consideração possíveis perfis criados por um usuário bloqueado, permitindo que a vítima escolha bloquear um usuário e todas as contas que o mesmo criar eventualmente.

As mudanças da empresa parecem não se resumir ao nome e políticas reforçadas contra agressores — com o lançamento do “Metaverso” e descontinuação de várias funções, a Meta deve assinar um rol muito mais abrangente de serviços e produtos no futuro.