Economia e mercado 31 Jan
Enquanto Estados Unidos, Holanda e Japão combinam os últimos detalhes de um vasto acordo para limitar a exportação de máquinas de chips para a China, analistas da indústria continuam preocupados com a situação.
Isso porque um representante de diversas fabricantes acredita que as medidas podem não ser duras o suficiente contra Pequim. A SEMI, associação de empresas de semicondutores, disse ter interesse em fortalecer a segurança nacional dos EUA.
Contudo, o regulamento proposto pelo governo Biden prevê que as restrições que serão impostas por países aliados não serão tão poderosas quando o controle que será efetuado por Washington.
Mesmo que Japão, Holanda e outros aliados adotem restrições a ferramentas específicas, elas serão em grande parte ineficazes, a menos que os parceiros internacionais concordem com controles mais amplos sobre as fábricas chinesas que produzem chips avançados.
A SEMI também pede que os aliados adotem medidas ainda mais duras, impedindo que engenheiros ocidentais colaborem com empresas chinesas.
Sem as restrições adicionais, a produção avançada de semicondutores na China ainda poderá ocorrer com equipamentos existentes, equipamentos fabricados na China e outros itens não controlados com o benefício de know-how e serviços de fora dos EUA.
O representante da SEMI também observou que a participação de empresas de máquinas de chips dos EUA caiu muito no mercado chinês, uma vez que as fabricantes chinesas optaram por tecnologia da Holanda, por exemplo.
Além disso, muitas empresas chinesas se anteciparam as restrições comprando grandes lotes de equipamentos para a produção de chips nos últimos dois anos.
Essas vendas perdidas [por empresas dos EUA] foram para países que até então não estavam aplicando sanções contra a China. Isso desviou bilhões de dólares em vendas que deveriam ter ido para empresas dos EUA.
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