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Coronavírus: entenda a viabilidade de distribuição das vacinas no Brasil | Detetive TudoCelular

10 de dezembro de 2020 2

Chegamos no mês de dezembro de 2020 em um cenário de finalização dos testes das várias candidatas a vacinas contra o novo coronavírus no mundo. Como consequência, alguns países já começaram a aplicar os imunizantes em caráter emergencial, como o Reino Unido, enquanto outras nações se organizam para realizar o processo em sua população.

No caso do Brasil, vários impasses de caráter político, regulatório e logístico têm atrasado uma decisão nacional sobre a distribuição de vacinas pelo país – que fizeram São Paulo anunciar seu próprio plano separado do Ministério da Saúde, com a CoronaVac.

Por outro lado, a pasta nacional apostou na vacina de Oxford/AstraZeneca, a qual está atrasada por questionamentos da sua eficácia. E agora estuda utilizar a candidata da Pfizer/BioNTech, mas já relutou a isso devido a questões de distribuição.

Afinal, quais dessas vacinas possuem a sua distribuição mais viável no Brasil? O Detetive TudoCelular foi atrás das informações e resume a você abaixo:

CoronaVac

Uma das candidatas mais avançadas, a CoronaVac está entre as que conseguem ser transportadas com a maior facilidade. Ela tem a capacidade de se manter em geladeiras comuns, sem precisar de aparatos especiais na sua logística.

Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em entrevista à CNN no mês de novembro, o imunizante que a entidade trouxe ao Brasil, em parceria com o laboratório privado chinês Sinovac, pode ficar em temperaturas entre 2°C e 8°C.

Além disso, caso não se consiga deixá-la em um equipamento de refrigeração, a CoronaVac pode permanecer em temperatura ambiente por até 27 dias.

“A vacina será adaptada para as condições de logística do Brasil. Ela poderá ser armazenada em temperatura normal de geladeira de 2°C a 8°C e poderá ficar até 27 dias sem refrigeração.”


Dimas Covas

Diretor do Instituto Butantan

Vale lembrar que a CoronaVac é a única das principais candidatas que utiliza a técnica do vírus inativo. Ou seja, usa fragmentos do próprio SARS-CoV-2 – mas sem a capacidade de infecção – para gerar a resposta imune nos indivíduos.

Pfizer/BioNTech

A vacina criada por Pfizer e BioNTech é uma das que possuem mais condições adversas de armazenamento. Ela precisa ser mantida a uma temperatura entre -70°C e -80°C, o que requer aparatos especiais de transporte.

No começo deste mês de dezembro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, praticamente havia descartado a compra. Por outro lado, a Pfizer ofereceu ao governo brasileiro uma embalagem especial com gelo seco, que adaptaria o ambiente de -75°C para conseguir armazenar os imunizantes por 15 dias – o problema ficaria com o custo do produto.

Ainda segundo o laboratório, a vacina consegue permanecer em um refrigerador comum – com temperaturas semelhantes às da CoronaVac – por um período de cinco dias. Assim, é possível viabilizar a vacinação do maior número de pessoas possível em um pequeno período de tempo.

A criação da Pfizer para imunizar contra a Covid-19 utiliza uma técnica diferente para o processo, chamado de RNA mensageiro. Ela recria o código genético do vírus, para servir como uma “receita de bolo” para as células humanas criarem os anticorpos necessários no combate ao SARS-CoV-2.

Oxford/AstraZeneca

A possível vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca também mantém a mesma possibilidade de ser armazenada em refrigeradores comuns, para ficar mantida a uma temperatura entre 2°C e 8°C.

No entanto, o maior problema para a sua viabilidade atual é o questionamento da comunidade científica sobre seus resultados mais recentes. Um relatório com dados intermediários da Fase 3 do estudo mostrou eficácia de 70,4% na combinação de dois braços da pesquisa.

Em uma delas, os voluntários tomaram meia dose, seguida por uma dose inteira. Na outra, foram aplicadas duas doses inteiras nas duas ocasiões. Contudo, para a surpresa dos cientistas, a eficácia foi maior no primeiro caso: 90%. Já no outro – com as duas na íntegra – o número ficou em 62%.

O problema é que, ao The Guardian, o diretor executivo do laboratório britânico AstraZeneca, Pascal Soriot, afirmou que a meia dose na primeira aplicação não foi uma escolha dos pesquisadores, mas sim um erro percebido posteriormente – o que incomodou a comunidade científica, visto que não houve uma explicação para a diferença dos resultados.

Devido a esse impasse, um novo estudo tem sido feito em 24 mil voluntários – inclusive brasileiros –, para gerar mais dados sobre a vacina de Oxford. Por isso, ela não deve ser aprovada ainda em 2020.

Vale lembrar que esta candidata utiliza um método chamado “vetor viral”. Ela usa um adenovírus com uma espícula – aquela espécie de “espinho” – do SARS-CoV-2, a fim de que o organismo detecte aquela parte e crie a resistência ao vírus por meio da proteína.

Moderna

Empresa de biotecnologia norte-americana, a Moderna também tem conduzido as etapas finais do estudo para o seu imunizante contra o coronavírus. Esta utiliza a mesma técnica da Pfizer – RNA mensageiro –, mas se comporta diferente quanto à sua refrigeração.

A candidata da empresa pode ser armazenada em refrigerador comum por um período de 30 dias, o que se torna uma vantagem para a distribuição massiva em áreas rurais ou países de baixa renda.

Você pode se perguntar: “mas se usam a mesma técnica, por que possuem capacidades completamente diferentes de armazenamento?”. A Moderna já explicou qual foi o segredo para o feito: a estabilidade da vacina.

A companhia conseguiu dominar uma fórmula de nanopartículas lipídicas – elas que transportam o imunizante às células humanas. Apesar de os detalhes permanecerem confidenciais, o cientista da Universidade de Iowa, Aliasger K. Salem, já explicou que a tendência seria a adição de mais conservantes inertes ao líquido ou o ajuste da estrutura dessas nanopartículas, para proteger o RNA contra o desgaste em temperaturas mais elevadas.

Apesar de ainda não ser uma prioridade do governo brasileiro nem dos estados na imunização da população brasileira, a candidata da Moderna poderia ter mais facilidade na distribuição pelo país.

Transporte aéreo

Enquanto isso, duas companhias aéreas já se colocaram à disposição para realizar o transporte gratuito de qualquer vacina aprovada pela Anvisa, para distribuição em todo o Brasil – inclusive, de doses mandadas de outros países.

Uma delas é a Azul Linhas Aéreas, cuja declaração do seu presidente, John Rodgerson, foi feita em evento no Aeroporto de Brasília nesta quarta-feira (9).

“Em qualquer voo da Azul, nós vamos transportar de graça qualquer vacina que vier dos outros países. Nós temos toda a conectividade. Temos 800 voos por dia. Nós queremos nos livrar da covid-19 o mais rápido possível. E, por isso, nós estamos fazendo esse anúncio hoje. Porque nós queremos fazer a nossa parte.”


John Rodgerson

Presidente da Azul

A outra é a Gol Linhas Aéreas, em comunicado emitido na mesma data, no qual explica que o trabalho acontecerá em conjunto com a divisão de transporte e logística de cargas, a Gol Log.

“Toda a ampla malha de voos da companhia terá espaço na aeronave para levar os produtos a todos os pontos necessários.”


Gol Linhas Aéreas

A Latam ainda não confirmou se irá aderir à iniciativa de solidariedade, mas vale lembrar que ela foi a primeira companhia do setor em toda a América Latina a conseguir o certificado internacional para transporte de produtos farmacêuticos, concedido em 2017 pela Associação Internacional de Transporte Aéreo.

É importante ressaltar que, como disse Dimas Covas na coletiva do estado de São Paulo nesta quinta-feira (10), as vacinas também poderão ser distribuídas por via terrestre, e não somente em aviões. Resta, agora, que o Ministério da Saúde ou as secretarias estaduais possam definir as estratégias para que os imunizantes cheguem o quanto antes a todo o país, para que a pandemia possa – de fato – chegar ao seu final no Brasil.

E para você, qual é a melhor estratégia de vacinação para todo o território nacional? Participe conosco!


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Comentários

Coronavírus: entenda a viabilidade de distribuição das vacinas no Brasil | Detetive TudoCelular
  • Eu não vou tomar picada não!

      • Os grandes grupos e empresários que não se beneficiaram querem correr atrás do prejuízo...

        E vendo vários países se mobilizando o Brasil não pode ficar de fora por causa do presidente negacionista ou de um governador que quer empurrar a vaChina.
        #TemQueTerVacinação

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